Ao postular que a arte é antítese social,Theodor Adorno afirma o caráter vocativo do objeto de artístico.Nesse sentido a censura à eventos como a exposição "Quermuseu" constitui um desserviço.Além disso ela desconsidera o caráter provocador da produção estética.Isso se deve ao fato de que essa postura moralista gerou obstáculos a um saber emancipatório. A ditadura militar ocorrida no Brasil é a prova de que,a censura da arte,na maioria dos casos históricos,teve como objetivo cercear a liberdade de expressão do povo.Em termos gerais,a liberdade de expressão é o direito de qualquer um manifestar suas ideias livremente,sem interferência do governo ou da democracia. Ao trazer o pensamento de John Stuart Mill para o atual contexto de limites,pode-se afirmar que o autor se alinha com a tese de que a liberdade no mundo das artes não pode se sobrepor à garantia da dignidade humana.Essa compreensão se aplica de forma muito eficaz à necessidade de não se deturpar a prerrogativa seminal da autonomia artística. Ratifica-se,portanto,o caráter imensurável da instituição escolar aprofundar a discussão desse tópico na sala de aula,em uma perspectiva humanista pautada nos ideias democráticos e liberais,através de projetos pedagógicos de cunho interdisciplinar que prime pelo respeito à diversidade.Para tanto,deve-se enfatizar a fatalidade,a parcialidade,a postura dogmática de determinados pensamentos.Isso será desempenhado ao se proporcionar espaços de discussão em haja o respeito a voz e vez dos interlocutores,afim de que a máxima preposicionada por Montesquieu "Liberdade é o direito de trazer tudo que as leis permitirem" seja efetuada.