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Enviada em: 11/05/2018

É possível verificar na história que o homem é geralmente contrário áquilo que o retira da zona de conforto. A Semana de Arte Moderna, por exemplo, representou o rompimento da arte brasileira com a métrica Simbolista e a formalidade Parnasiana. Devido a isso, houve um alvoroço na primeira metade do século XX, pois os modernistas inovaram e chocaram os viventes da época. Diante disso, ainda hoje, a arte surpreende e sofre retaliações. Há quem diga que a arte deveria ter limites, mas ultrapassar barreiras sociais, impostas pelo senso comum, é justamente uma das características mais essenciais da arte.  A arte atua como uma lente que amplia horizontes e instiga à questionamentos sobre a sociedade. Limitá-la é privar a expressão, ou seja, ditar os pensamentos do indivíduo tal como ocorreu na ditadura militar brasileira através da censura.  Recentemente, no Brasil, houve manifestações nas redes sociais contra uma exposição que, segundo os revoltosos, fazia apologia a pedofilia e afins. Vale ressaltar que a mostra de arte não possuía classificação indicativa e levou à asserções de que a arte deveria possuir limites pré-estabelecidos. Essa crença fere a liberdade de expressão que é direito constitucional de todo indivíduo. Contudo, é essencial ressaltar que determinadas faixas etárias não possuem maturidade suficiente para interpretar certos elementos artísticos.  Portanto, é essencial que o Ministério da Cultura, em conjunto com Ministério da Justiça, estabeleça classificações etárias para exposições artísticas a partir da legislação. Dessa forma, só participarão de tais mostras, aqueles indivíduos que se enquadrarem na idade permitida. Assim, conclui-se que limites não devem ser impostos à arte, mas classificação etária sim.