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Enviada em: 19/05/2018

A arte, no século XXI, é interpretada por uma série de teorias. Para Leon Tolstói, por exemplo, ela deve gerar a comunhão entre grupos de pessoas em torno de uma série de sentimentos, tais como amor e ódio, e, portanto, deve ser para o povo. No entanto, observa-se que a única maneira de arte amplamente divulgada é aquela escolhida por uma elite. Assim, são impostos limites sobre inúmeras formas de expressão existentes no planeta, o que vai de encontro a preceitos democráticos e deve ser combatido através de medidas concretas.        Em primeiro plano, vale salientar que limites na arte foram instituídos por regimes ditatoriais e totalitários e, por isso, limitá-la, nos dias atuais, é um retrocesso. A arte na Alemanhã Nazista, por exemplo, era duramente controlada, como foi visto no famoso episódio de queima de inúmeros livros, em 1933, que eram inconvenientes para o regime. No Brasil, casos de mesma finalidade, utilizar manifestações artísticas para prevalecer a ideologia daqueles que estão no poder, eram constantes durante a ditadura militar, indo contra os conceitos estabelecidos por Leon Tolstói, que dizem que elas devem atuar para toda a população. Sendo assim, a arte é limitada pelas grandes instituições de poder atuais, visto que é, muitas vezes, inimiga de seus projetos de controle populacional.       Na segunda análise, podemos perceber  que essas manifestações artísticas que chocam a moral da sociedade e, consequentemente, são proibidas, em diversas ocasiões, estão à frente dos padrões de sua época e acarretam, em um futuro, mudanças nesses moldes. Artistas como Picasso e Duchamp, a título de exemplo, não se prenderam aos limites do aceito e do conhecido, questionando aquilo que era ditado como a verdadeira arte. Ainda mais, os impressionistas eram rebeldes em seu tempo e chocavam os seus contemporâneos, e,atualmente, muitos deles, como Claude Monet e Renoir, são considerados inspirações artísticas. Desse modo, instituir limites à arte trará a perda de mudanças sociais importantes para alcançarmos uma sociedade mais livre e de maior equidade.         Urge, pois, a necessidade de evitar, ao máximo, limites na arte, uma vez que ela não pode ser útil e lógica para apenas uma parcela dos cidadãos. Em vista disso, o Governo Federal deve incentivar, através de propagandas nos meios de comunicação em massa, manifestações artísticas em praças públicas e, até mesmo, palestras em escolas, que estimulem o pensamento crítico da população sobre a arte, com o intuito de que ela entenda que manifestações artísticas não precisam tratar de uma ordem preestabelecida e, também, não necessitam representar a visão de mundo da elite para serem consideradas como verdadeiras. A partir dessa ação, o conceito de Leon Tolstói, de que a arte gera união entre diversos grupos de pessoas, ou seja, não é excludente, poderá ser alcançado.