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Enviada em: 10/06/2018

A liberdade se tornou, na contemporaneidade, a maior arma de qualquer cidadão. Em meio a tanta diversidade presente no Brasil, cada grupo sociocultural tende a querer impor sua visão ideológica sobre os demais e, para tanto, a expressão artística tem sido uma importante ferramenta de disseminação de ideais, levantando assim um grande impasse em meio a população: se limites devem ou não ser impostos no mundo das artes. Desde a Pré História, com as pinturas rupestres, expressões artísticas têm se configurado como prática de uma pequena parcela da população - os artistas -, entretanto, capaz revolucionar, promover o pensamento crítico e romper com as barreiras do tempo promovendo o novo. Nesse sentido, é perceptível que os movimentos artísticos têm a capacidade de gerar discussões de ideias que normalmente seriam deixadas de lado, e dar voz aos marginalizados e esquecidos pela sociedade. Durante o Renascimento - entre os séculos XIV e XVI -, a divergência de ideias fez com que conflitos sociais emergissem, o que poderia ser considerado ruim para a ordem, colocando a arte em cheque, entretanto, foi extremamente necessário para a continuidade do desenvolvimento cultural da época ao romper os padrões do pensamento medieval e abrir caminho para um novo pensar. Portanto, podemos inferir que para haver mudanças e melhorias no meio social, é necessário que seja reconhecida a importância dos movimentos artísticos e que os mesmos tenham garantia da liberdade de expressão, uma vez que, os limites que devem ser impostos não cabem à produção da arte em si, mas sim à maneira com que o material artístico será divulgado e implantado nas cidades. No séc. XXI, os desafios enfrentados pelos artistas se fazem ainda mais complexos que no passado pois, devido ao excesso de informação, o ideal artístico muitas vezes não é compreendido e acaba sendo fragmentado em meio a inúmeros veículos de informação, perdendo assim seu foco principal ao se espalhar pela sociedade, que carece de informação. Mediante ao exposto, é de suma importância que os órgãos culturais se unam em prol da disseminação do conhecimento artístico em si, e não apenas das obras de arte, podendo assim, nortear a população em meio a tantas expressões do gênero espalhadas pelo meio urbano. Para tanto, o Ministério da Educação deve criar projetos que tornem obrigatórias aulas de Artes desde o ensino básico em todas as escolas brasileiras, e também, articular junto às Secretarias da Cultura municipais - principalmente das cidades interioranas - ações culturais como palestras, mostras de cinema, exposições de artistas locais e oficinas de arte, possibilitando assim, a compreensão de que todo tipo de arte é uma extensão do ser humano e que, ao impor limite às artes, o homem estará limitando sua própria liberdade.