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Enviada em: 08/06/2018

União respeitosa    O conceito de "belo" remete a diversas fases da filosofia, da antiguidade até atualmente, não havendo seu consenso entre os estudiosos. Nesse viés, as preferências pessoais têm respeito nas artes, uma vez que diversas vertentes dessas são valorizadas social e economicamente. Entretanto, deve-se realizar um "ponto de equilíbrio" entre o fazer artístico e a violação ética - fator inexistente na exposição Queermuseu do Banco Santander, devido à sexualização infantil e ao desrespeito ao cristianismo.     Exordialmente, algumas características culturais construídas milenarmente na existência humana, biológica e cultural tentam ser desfeitos por alguns artistas - a exemplo da inocência das crianças. Nesse pretexto, ao produzir telas retratando a sexualidade infantil, ao tentar introduzir em uma mente pueril questões como as da ideologia de gênero e ao incentivar pais a levarem seus filhos em exposições para tocar no corpo de um homem nu, há a quebra da integridade moral e da pureza sentimental de meninos e meninas; cabendo, nesse caso, uma proibição ao acesso desses. Destarte, a frase do filósofo Kierkegaard "o homem seria metafisicamente grande se a criança fosse seu mestre", faz alusão à grandeza de uma mente inocente, o que torna válido algumas medidas de censura.     Em segundo lugar, a afronta à principal religião do Brasil, o cristianismo, também realizada no Queermuseu, denigre o credo alheio e é passível de recursos judiciários. A amostra de arte expôs, nesse sentido, a vulgarização da imagem sacra de Jesus Cristo, ao retratá-lo portando objetos de introdução anal utilizados em atos sexuais, o que representa um insulto a católicos e protestantes. Nesse pensamento, caso os artistas realizassem o mesmo com grupos religiosos extremistas e que têm representantes do terrorismo internacional, como o Estado Islãmico, as consequências do insulto poderiam ser fatais. Dessa maneira, devem ser requeridas ações judiciais contra esse desrespeito à crença.      Infere-se, portanto, que a arte deve ser pautada no respeito aos valores constituídos socialmente. Visando destruir a sexualização infantil, o Conselho Tutelar poderia punir, com multas e com acusações ao Ministério Público, aqueles pais que levarem seus filhos a tais exposições, além de decretar a proibição do ingresso de crianças nesses locais. Ademais, os setores administrativos das religiões católica e protestante poderiam se unir de modo a entrarem com processos acusando os artistas e o Banco Santander de proferirem ofensas à sua crença e às simbologias dela, a fim de garantir sua integridade de culto. Mediante essas alterações, o equilíbrio entre o fazer artístico e as questões éticas poderia ser atingido, tornando o conceito de belo unido ao de respeito à civilização.