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Enviada em: 14/06/2018

Definir um conceito único para a arte é praticamente impossível, pois ela é uma construção social. Seu papel é abrir a cabeça das pessoas, permitir novas ideias, reflexões, imagens e revelar algo do inconsciente coletivo. Esse propósito dá a ela uma importância social muito grande, pois ao transgredir a realidade aponta para novas visões de situações de pobreza, violência, liberdade de expressão. Logo, não se deve impor limites para a arte.  Em cada época a arte tem um papel social. Um exemplo disso foi durante o Romantismo quando a geração condoreira através de poemas, entre eles “O Navio Negreiro”, denunciaram a escravidão e miséria em que os negros eram submetidos. Já no Modernismo, os artistas buscavam solidez da cultural brasileira, por meio da valorização da língua, da cultura, da paisagem e da própria temática tupiniquim. Escritores como Érico Veríssimo, Graciliano Ramos e Guimarães Rosa trouxeram enredos sobre as várias regiões do país e suas problemáticas. Nos Movimentos Contemporâneos artistas protestam e sensibilizam a população para uma causa. Como aconteceu na exposição Qeermuseu, apesar de toda polêmica envolvida, os quadros ali expostos refletiam uma realidade muitas vezes ignorada. Por isso, é preciso descobrir em cada obra o seu valor e não censura-la.  Além disso, a arte é um exercício continuo de transgressão, principalmente a partir do século 20.Essa liberdade artística, está assegurada na Constituição Federal de 1988,que prescreve ser “livre a expressão e atividade, intelectual, artística, cientifica e de comunicação, independente de censura ou licença”. Logo, é notório que a lei garante a liberdade, após um longo período de proibição, quando a ditadura segregou, censurou e denegriu a arte. Assim há de se proteger as manifestações que hoje podem ser consideradas chocantes por uma parcela, uma vez que a liberdade artística como liberdade de expressão é um dos instrumentos utilizados pelo ser como forma de manifestação para a própria evolução de ideias.  Dessa forma para garantir a liberdade de criação artística, é necessário que as empresas público-privadas invistam nas artes através de patrocínios e abertura de espaço para as exposições. O Governo, por sua vez, deve reduzir os impostos fiscais, afim de incentivar as empresas a colaborarem com as artes. Além disso, para que se diminuir as polêmicas, na entrada das amostras tenham informações prévias bem detalhadas sobre o que será visto. Com essas medidas a arte ganhará o seu espaço e mesmo provocando polêmicas não precisa ser censurada.