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Enviada em: 12/07/2018

A população brasileira, em sua maioria, não tem um histórico de "adoração as artes" e não foi estimulada a tal. Aliado a isso, a ultra direita política cresce no Brasil, angaria adeptos, resgata princípios da ditadura militar, como a censura, a fim de negar a liberdade de expressão artística considerada negativamente subversiva. Inegavelmente a arte é transgressora e chega, muitas vezes, naquilo que o homem nega. Logo, a arte não pode ser limitada e o Estado brasileiro precisa prover o acesso.        Em primeiro lugar, a arte possui vários enfoques, que vão desde a retratação da realidade inspiradora até sua transgressão. Por exemplo no Barroco brasileiro, com forte expressão do artista "aleijadinho" e a influência Jesuítica, caracterizou-se a arte sacra. Já a arte contemporânea é muito mais transgressora, como a "performance  La Bête" baseada na obra "O Bicho" da artista brasileira Lygia Clark, em que um corpo nu exposto pode ser manipulado assumindo várias formas.      Outrossim, uma patrulha moralizadora composta por membros de movimentos políticos ultraconservadores, percorre o Brasil tentando cercear o direito a livre expressão artística, como aconteceu com "La Bête". Esta obra ganhou os holofotes midiáticos brasileiros e despertou a ira, de alguns, quando um menina toca os pés do corpo masculino desnudo. Tal ação, supervisionada pela mãe da criança e sem conotação erótica, foi colocada em cheque, a apresentação suspensa, o artista e o curador do espaço chamados a depor na polícia.         Em suma, a arte abre os caminhos na mente, estimula o imaginário e a reflexão. Logo, a observação e a vivência da arte é necessária no cotidiano brasileiro, sobretudo daqueles que têm pouco acesso. Então, a Secretaria de Cultura junto ao Ministério da Educação, deverá levar às escolas experiências artísticas, através de aulas e oficinas de teatro, em que os pais dos alunos sejam convidados a participar, a fim de proporcionar novas experiências e quebrar tabus sociais.