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Enviada em: 23/07/2018

Aristóteles, filósofo grego nascido no século V antes de Cristo, já tinha como um de seus estudos o fato da manifestação das artes ser algo transformador e capaz de realizar efeito influenciador sobre os seres, como experiências transcendentais. Entretanto, o fato perdura pela contemporaneidade, trazendo divergências de pensamentos à tona. Dessa forma, pode-se ratificar que limitar a exposição artística é prejudicial, visto que além de favorecer a permanência da cultura brasileira conservadora, também contribui com a falta de acesso ao conhecimento educacional.     Primeiramente, deve-se salientar que o processo histórico cultural do Brasil apresenta traços de uma sociedade patriarcal, em que observa-se conflito relacionado à liberdade de expressão. Indubitavelmente, uma população enraizada nos padrões  socioculturais ultrapassados não adquire a aceitação aos projetos que as manifestações artísticas visam, como as de cunho revolucionário, por exemplo. Portanto, a imposição de limites no mundo das artes contribuirá ainda mais para esse caso e o quadro de pensamentos arcaicos não será revertido.     Além disso, é preciso inferir que a educação deve ser acessada de diversas maneiras. Segundo o sociólogo brasileiro Florestan Fernandes, todos devem possuir o direito de apreender novas culturas, danças e artes como um todo, bem como a exploração das características existentes no imenso território nacional. Sob essa ótica, fica claro que sua afirmação expressa a necessidade do mundo artístico estar presente nas bases educacionais, para que com ele, seja possível que o ser humano obtenha bagagem de conhecimento e consequentemente a melhoria no sistema de ensino brasileiro poderá ser atingida.     Diante dos argumentos supracitados, é notório que a imposição de limites no mundo das artes é socialmente maléfico. Dessa forma, é papel do Ministério da Justiça, junto ao Ministério da Educação, por meio das leis, garantir faixa etária para o acesso às exposições artísticas, com o intuito de oferecer material necessário para cada idade a assim, não afete de qualquer forma física ou psicológica quem deseja interagir com essas manifestações. Ademais, a família, por meio de contratos e autorizações de responsáveis, deve acompanhar as decisões de seus filhos, para que menores de idade tenham apoio adulto e com isso possam desfrutar corretamente dos bens oferecidos pelas artes.