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Enviada em: 30/07/2018

Segundo Richard Wollheim, "a arte é uma forma de vida" e , com isso, tem como um de seus papeis, permitir a criação e reflexão de novas ideias, além ainda de desconstruir visões engessadas e limitadas pelo conservadorismo. Mas, tais reorganizações de pensamentos devem possuir não um limite, mas sim um equilíbrio, para que não ocorram invasões de determinados direitos e a crítica se torne crime, ou pior, uma arma político-partidária ideológica.    Contudo, é evidente o seu uso de forma inconsequente e até mesmo acrítica, nos quais princípios constitucionais básicos, como: proteção à criança e ao adolescente; respeito às diferenças religiosas,  em especial o cristianismo e etc, são afrontados e refugados. Um breve exemplo disso, foi o caso do Museu de Arte Moderna que no ano de 2017 organizou uma exposição onde ocorreu um episódio bastante marcante, a qual uma criança foi colocada em frente a um homem despido, que segundo a organização do evento, teve o papel de "quebrar" determinados tabus. Entretanto, não foi a mesma visão tida por grande parte da sociedade, que criticou e exigiu alguma atitude dos órgãos competentes, como o ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente, ou seja, repudiando todo o ocorrido, por ir contra os preceitos de educação, que segundo Padre Antônio Vieira, "A boa educação é moeda de ouro. Em toda a parte tem valor.".    É indubitável que a arte põe a sociedade para pensar no novo, porém, de forma consciente e natural, livre de imposições e apelações, portanto, muito diferente de como está sendo utilizada, de forma coerciva. Criando, dessa forma, uma arte tendenciosa e ideológica. À vista disso, é notório a necessidade de um senso para determinadas áreas da arte, principalmente às relacionadas, de forma direta ou indireta, seja no uso da imagem ou não de menores de idades e credos religiosos, como foi o caso da mostra organizada pelo Santander, que relacionou imagens religiosas à homossexualidade, o que foi visto como desrespeito pelos seguidores do Cristianismo e de outras religiões. Sendo imprescindível o comedimento de determinadas utilizações da arte, ao invés dela em si.    Dessa forma, é necessário que sejam tomadas iniciativas por parte de todos os envolvidos, iniciando pelo Ministério da Cultura, que deve implantar classificações indicativas em todos os tipos de arte, como: mostras, teatros, obras artísticas de museus e etc., assim como já fazem com a televisão. Além disso, ainda é fundamental o papel dos pais e dos artistas na hora de se atentar ao que as crianças e adolescentes têm acesso e aos trabalhos que são produzidos e publicados, respectivamente. Tudo para que se consiga diminuir e até mesmo sanar determinados impactos negativos gerados pelo acesso a conteúdos fora da faixa etária e a utilização da arte como arma puramente política.