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Enviada em: 04/10/2018

No Brasil, a arte sempre esteve ligada ao formalismo e ao tradicionalismo. Tentar transpor os "limites" dela, decerto resultaria em duras críticas e censura, isto é, como as que sofreram os idealizadores da Semana de Arte Moderna de 22. Contudo ela não deve ter limites, pois a arte é usada para excitar reflexões e ideias, porquanto, quem a delimita mostra-se intolerante.  A princípio, consoante a Constituição Federal de 1988 em seu art. 5°,inciso IX, é garantida a livre expressão do pensamento artístico. Entretanto, grupos artísticos, como o Queermuseu, que expressa a arte diferente daquilo, que movimentos religiosos, conservadores ou liberais concordam, têm as apresentações suspensas. Assim, denota-se que mesmo existindo o direito, as atitudes incomplacentes podem fazê-lo desvanecer o que configura-se um problema.  Dessa maneira, segundo o sociólogo Émile Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de agir e pensar, dotada de coercitividade, exterioridade e generalidade. Conforme essa linha de pensamento, observa-se que a intransigência à liberdade de transgredir tabus artísticos pode ser associada à teoria do sociólogo, uma vez que, se uma criança vive em uma família com esse comportamento, tende a adotá-lo também por convivência em grupo e transmiti-lo aonde for.  Medidas são necessárias, portanto, para resolver o impasse. Em princípio, o Ministério da Educação em parceria com as secretárias de educação devem reformular os conteúdos ensinados na matéria de arte, para que ela se torne mais ampla e diversa, e não apenas com conteúdos voltados para as pinturas artísticas. Como também, a colocação na grade do ensino fundamental I dessa disciplina e por meio de visitas escolares aos museus, teatros, circos entre outros produtores de arte, afim de que, as crianças e adolescentes se acostumem com a diversidade artística e com isso aprenderão o respeito às diferenças. Em síntese, para que todos desfrutem da liberdade, seja ela artística, de pensamento ou expressão.