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Enviada em: 30/10/2018

As manifestações contra a exposição do Queermuseu, em Porto Alegre, e seu consequente cancelamento são fatos que mostram a resistência de grande parte da população a respeito da liberdade de expressão no mundo da arte para abordar temas atuais, como questões de gênero, diversidade e violência. Destarte, a arte deve ter espaço aberto, sem limites, para evidencia a realidade e estimular o interesse para o questionamento.         Nesse viés, a forma como a arte é abordada sempre recebeu críticas quando saiu dos limites impostos pela sociedade. Exemplo disso, está na Semana de Arte Moderna, em 1922, que teve duras críticas, principalmente para Marcel Duchamp - artista Dadaísta-, sobre a quebra de formalidade e do que era considerado estético pelo Simbolismo. Desse modo, o que foge dos padrões sociais são inicialmente criticados e repudiados. Por isso, deve-se conhecer melhor as formas de arte e dar espaço para suas manifestações.        Além disso, convém acrescentar que as questões culturais de religiosidade, machismo e patriarcalismo ainda sobressaem na sociedade e, assim, ocorrem as duras críticas com exposições, como a do Queermuseu. No filme " O Sorriso de Monalisa" de 2003, a professora de história da arte tentou superar os limites de ensino da escola, que era só para mulheres, com quebras de paradigmas, mostrando o diálogo e a liberdade que poderia ter por meio da arte. Dessa forma, os limites impostos só dificultam o desenvolvimento da arte e o aprendizado que ela pode promover.          Fica evidente, portanto, que a arte não deve ter limites para que possa tornar a população informada de todos os aspectos e para promover os debates dos assuntos atuais. Para isso, o Ministério da Educação e da Cultura devem trabalhar juntos na educação, investindo parte dos impostos com palestras, oficinas e exposições de obras criadas pelos alunos nas comunidades. Essas obras devem ser criadas sem restrições e padrões, a fim de que a criança cresça valorizando a arte, independente do que for produzido, e aprenda a interpretar a arte sem censurá-la.