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Enviada em: 14/05/2019

Há tempos, desde o período pré-histórico quando o homem vivia de forma primitiva, a arte é usada como forma de relatar, sem uso da escrita, o modo como determinado grupo se comportava e, através dela, imortalizou-se tradições, costumes e momentos do cotidiano vivido naquela época. Atualmente, ela ainda expressa essas mesmas coisas, porém por meio de diferentes contextos históricos ou atuais, sejam eles com teor crítico ou como fuga da realidade buscando, além disso, fazer os apreciadores dela refletirem e interpretar a obra do seu ponto de vista pessoal. Todavia, quando interpretada de maneira incorreta, a arte pode gerar uma série de problemas como duras crítica da sociedade, que a faz propor limites em seu mundo.     Apesar de estar sempre presente, o mundo nunca esteve preparado para a arte, pois sempre houve discussões e divergências ideológicas quando se trata dela. Um exemplo disso foi a Exposição de Pintura Moderna de 1917 proposta por Anita Malfatti, em que Monteiro Lobato expôs críticas severas comentando "Há duas espécies de artistas, uma composta dos que veem normalmente as coisas e outra formada pelos que veem anormalmente a natureza e interpretam - na à luz de teorias efêmeras". Logo após, em 1922, houve a Semana de Arte Moderna, onde ambas sofreram duras críticas e dividiu a sociedade burguesa entre os que à defendiam, e outros que eram motivados pelo pensamento do escritor.     E mesmo com essa turbulência, posteriormente esses eventos ficaram marcados, representando hoje a busca pela identidade brasileira. Observa-se então que; o que é considerado banal no momento presente, posteriormente tende a ser de grande importância na sociedade, pois propõe um pensamento sem censura em que se busca representar, desde pensamentos utópicos e sentimentos momentâneos até o reflexo de uma sociedade insalubre repleta de erros sociais, culturais e econômicos. Usando da liberdade sem ferir a ética.     Ademais, para que a sociedade passe a habituar-se com a ideia da liberdade artística acima de viés ideológicos, o Estado em parceria com o Ministério da Cultura, deve promover eventos artísticos em que possam ser apresentadas obras divergentes, dando oportunidade para a exposição de diferentes pontos de vista artísticos, incentivando através deles novas formas de pensamento que despertem o senso crítico sem alarmar a liberdade de expressão, convidando a sociedade à  enxergar novos pontos de vista e investindo, por meio da escola, em matérias que desperte desde a infância uma visão diferente de mundo através das matérias de artes, filosofia e demais que possam ter relação com a importância histórica de uma arte pura e sem limites.