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Enviada em: 16/05/2019

De acordo com o dicionário, "arte" é qualquer atividade, habilidade executada de forma racional, com a finalidade prática ou teórica de produzir ou não objetos. Sua essência carrega a liberdade de expressão e o homem sempre sentiu esse desejo de representá-la na sua condição social. Mas, a medida que se desenvolveu, foi ramificando-se e criando questionamentos sobre os limites que devem ser impostos no mundo das artes. No início do século XIX, no ano de 1808, a corte real de Portugal chega no Brasil, após receber ameaças da França. Rapidamente, a elite se instala na colônia, e para tal ambiente se aproximar dos costumes e práticas reais, houve um grande investimento intelectual, destacando-se o incentivo da vinda de cientistas e artistas estrangeiros renomados, como a Missão Artística Francesa, que trouxe Debret(ele retratou principalmente o cotidiano dos escravos e suas dificuldades). Posteriormente, ao longo da história, a arte foi utilizada de forma universal como fuga da realidade, denúncia, crítica, questionamento e até entretenimento, criando e inovando um grande acervo cultural, o que possibilitou um contato com outras culturas e o entendimento do próprio homem. Por outro lado, sempre houve uma divergência de pensamento, pois existem paradigmas que mantêm a ordem na sociedade e a arte provoca a "ultrapassagem da linha". Seguindo o pensamento do sociólogo Durkheim, a sociedade prevalece sobre o indivíduo, criando regras, normas, costumes e leis que impedem o mesmo de pensar individualmente, levando-o ao padrão do pensamento coletivo, que por sua vez passa de geração a geração. Desse modo, qualquer um que se diferencia, encontra-se no estado de "anomia" e faz necessário a ação das instituições para "consertá-lo".  Portanto, para que o questionamento dos limites do mundo das artes seja amenizado, é mister a intervenção do Estado com o Ministério Público fiscalizar e cobrar a faixa etária para alertar e evitar o choque ideológico.