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Enviada em: 23/05/2019

Ao longo do século XX, principalmente no período de guerras entre nações, o capitalismo se expandiu e se diversificou nas mais diversas áreas. Nas artes não foi diferente. Em 1950 nasce a produção em massa de obras artísticas, a Pop arte. O baixo custo e alta escala possibilitou a democratização desses produtos. Entretanto, haja vista a linha tênue entre "limitar" e "censurar" cabe explanar se deve haver delimitações no meio artístico.       Após a Revolução Francesa as ideologias liberais que pregavam a liberdade individual se propagaram, todavia, a liberdade coletiva acima da primeira. Segundo Émile Durkhein são os fatos sociais que regem as relações humanas. Desse modo, nas artes quem são os autores das regras? A própria sociedade consumidora. Ainda, segundo ele, uma sociedade sem regras gera anomalia social.       Na contemporaneidade, nas artes visuais a aplicação prática da visão do sociólogo é a classificação indicativa. Limitar a faixa etária de um longa-metragem e de programas televisivos foi um passo essencial na delimitação do público. Assim, para um jovem menor de 18 anos assistir determinado filme, ele deve estar acompanhado de um adulto que libere-o. No estado de São Paulo já é obrigatório que museus limitem a idade exigida para visitas a exposições artísticas.       Perante o exposto, evidencia-se que os limites não são apenas necessários, mas consequência do mundo capitalista vigente. Cabe a sociedade consumir produtos que exprimam seus valores. Ao Governo concerne a função de fiscalizar e ampliar a atuação de classificações indicativas por faixa etária tal como o Estado de São Paulo já tem o feito. Desse modo conflitos entre a liberdade total e a conservação de valores serão evitados.