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Enviada em: 15/03/2018

Limitar e Censurar.     Nos anos 70, Marina Abramovich chocava o público com suas performances de nudez e utilização do corporal. De forma semelhante, a exposição "Queer Museu", de 2017, provocou afecções negativas no público, que provocou seu boicote e exigiu a aplicação de limites à arte. No entanto, entende-se que, devido ao seu papel fundamental ao organismo social , a arte não se configura como passível a censura.      Em primeiro lugar, pode-se citar que a imposição de limites às manifestações artísticas representa a estagnação do potencial avanço cultural a ser alcançado. Isso ocorre pois, assim como no período renascentista, as obras contemporâneas encontram-se em renovação constante. Nesse contexto, a restrição a tais artigos representa interrupção dessa fluidez produtiva. Por conseguinte, novos conceitos estéticos e possíveis revoluções artísticas são embargadas, havendo uma significativa padronização do conteúdo fomentado.       Em segundo lugar, é importante mencionar que limitar a arte não representa solução efetiva para o fim da afecções negativas. Tal panorama se dá pois, embora seja possível suprimir o conteúdo exposto, é inexequível abolir os conceitos mentalizados em sua constituição. Analogamente à essa conjuntura, as críticas e boicotes realizados ao estilo artístico dos impressionistas no século XIX, não resultou no fim de suas concepções artísticas, muito valoradas na contemporaneidade. Em vista disso, é perceptível que a censura é incapaz de extinguir a essência da arte.          Evidenciam-se, portanto, os pormenores que negativam a limitação do conteúdo artístico. Nesse enquadramento, torna-se necessário que o Ministério da Cultura, em associação aos centros culturais brasileiros, institua classificações prévias para as exposições e performances, de acordo com o conteúdo apresentado nas obras. Dessa forma, visa-se obter um cenário artístico livre e um público adequado a ele.