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Enviada em: 17/03/2018

Célebres artistas do século XV e XVI, como Michelangelo e Leonardo da Vinci retratavam em suas obras as concepções das crenças de seu tempo e acabaram revolucionando a história da arte, mas não pelo caráter provocativo que as obras poderiam assumir, mas sim pela beleza e inovação inerente de suas técnicas. Exposto isso, é observável que atualmente a maioria dos artistas deixaram de representar em suas obras a materialização da beleza dos pensamentos humanos e, por conseguinte, passaram a expor em nome da arte a transgressão ao respeito pelos padrões de valores vigentes socialmente.    Dito isso, nos tempos modernos, na contramão do modus operandi dos artistas dos séculos XV e XVI, o homem passou a ser o centro de tudo, doravante, os mesmos deixaram de retratar em suas produções artísticas o ideal metafísico da beleza que acreditavam transcendê-los. Por essa razão, vê-se atualmente expressões artísticas que tentam de maneira inadequada causar comoção social sobre temas vivenciados no dia a dia das pessoas. Prova disso, são exposições artísticas como a do "Queermuseu - Cartografias da Diferença na Arte Brasileira", em que o vilipêndio às crenças religiosas e a incitação ao estupro foram reconhecidas como o fator marcante nas obras.  Feitas essas considerações, pode-se ainda frisar a apresentação equivocada da arte como catalizadora de novas reflexões nos dias atuais. A arte sempre foi produzida por vários motivos, no entanto, a representação da realidade e a provocação social sempre se destacaram nesse âmbito. Todavia, a produção de novos debates sociais sempre se deu de maneira harmônica, isso é, sem a destruição das estruturas que sustentam a sociedade moderna, que é a família ortodoxa e a consciência coletiva. Contudo, o que se vê atualmente é a degradação de tais estruturas pela apresentação de temas sexuais ao público potencialmente infantil, como ocorreu na exposição "Queermuseu" realizada pelo banco Santander.   Dessa forma, ficam nítidas a inexorabilidade da necessidade da deliberação, no que concerne aos parâmetros legais que devem se respeitados por artistas no país. Portanto, o Ministério da Educação  deveria implementar no calendário escolar federal o ensino sistemático de arte em escolas públicas, com o objetivo de incitar a análise de elementos que compõem obras historicamente reconhecidas, instigando, consequentemente, a produção de algo equivalente futuramente no território nacional. Ademais, o Ministério da Cultura deveria desenvolver mecanismos que instruíssem os artistas a criarem obras sem ideologias destruidoras das ordens sociais vigentes, pois somente dessa forma construiria-se um ambiente artístico cuja arte seria enxergada como um agente de reflexão  transcendental.