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Enviada em: 19/03/2018

A transgressão e a provocação não fazem parte só da arte contemporânea. Podemos perceber isso observando as pinturas e estatuas criadas pelos povos antigos. Já na atualidade, essas artes são vistas como clássicas e não uma transgressão, o que evidência o preconceito com o fazer artístico contemporâneo. Isso reflete numa sociedade rígida a mudanças. Como consequência disso surge um grupo para censurar o novo movimento de ideias, o que demonstra um retrocesso dos direitos conquistados.     Primeiro vale ressaltar que, o bom senso deve ser considerado quando for expor a arte. No Brasil, não existe classificação etária nas exposições, o que é um problema, pois uma criança de dez anos pode assistir a uma exposição de arte com conteúdo erótico. Nesse sentido, isso pode desmoralizar o evento, como ocorreu na exposição do Santander.     Além disso, como toda sociedade possui suas condutas baseadas em ideologias, muitas pessoas ainda possuem ideias retrógradas sobre alguns conceitos vigentes à contemporaneidade. Nesse contexto, as artes com teor irônico, satírico a religiosidade e a conotação homossexual são vistos com repúdio.     Desse modo, medidas são necessárias para resolver os impasses. Diante do que foi discutido, a fim de resolver os problemas, o Poder Legislativo deve criar um projeto de lei que visa estabelecer a classificação etária adequada para tipos de exposição. Acrescenta-se ainda que, o Supremo Tribunal Federal crie normas para avaliação de exposições as quais forem denunciadas, para que seja evitada a "censura" indevida. Nesse sentido, denuncias sobre possíveis exposições com conteúdos de conotação e fomentação de crimes vigentes no código penal, como pedofilia, sendo apenas a arte denunciada censurada.