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Enviada em: 19/03/2018

O sistema capitalista contemporâneo objetiva a obtenção do lucro. Nesse sentido, parcela significante da sociedade busca, exacerbadamente, a posse de bens materiais como forma de ascensão social. Como produto deste modelo socioeconômico muitas mazelas sociais eclodem, dentre elas o sucateamento da cultura e das artes.  Assim, há a necessidade de  unir desenvolvimento capitalista e movimentos culturais, visando não apenas o lucro, para que haja harmonia socioeconômica neste país.       Nota-se que muitas pessoas na procura de aquisição financeira abolem princípios básicos , que são os deveres e virtudes da essência humana. Isso é visível em exposições que expõe imagens chocantes e que degradam a imagem do ser humano, em busca de maior visibilidade, sem se atentar a classificações indicativas de idade, submetendo até mesmo crianças a conteúdos inadequados a sua idade.       Vale ressaltar ainda que a maneira como se organiza o sistema de produção determina as estruturas e as relações sociais. Nesse contexto, com mudanças sociais, deveria haver também uma mudança no sistema regente de trabalho. A sociedade tem de se adaptar às mudanças para que se prevaleça o equilíbrio entre sociedade, economia e cultura. Uma prova disso, são os altos preços dos impostos sob obras de arte, tornando esse meio um concorrido mercado.       Logo, diante desse contexto de ausência de restrição das artes e a inevitável exploração econômica desse meio, que é produto desse modelo socioeconômico vigente, percebe-se a necessidade de que haja maior apoio a cultura no país, com incentivo do governo e das escolas, junto ao Ministério da Cultura, para que exista um maior controle dos conteúdos expostos e a valorização das artes, não apenas no âmbito financeiro. E assim pode-se consumar uma sociedade que puna pela desigualdade humana e pela representação social, como Karl Marx já dizia: “O homem é o capital mais precioso do sistema”.