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Enviada em: 21/03/2018

O etnocentrismo é um vilão no mundo todo e no Brasil isso não é diferente. Mas infelizmente, a arte tem se tornado sua maior vítima. Até quando o comportamento etnocêntrico humano continuará nos privando da arte? É ainda mais evidente a intolerância  às diferentes ideias com o ocorrido na exposição do Santander "Queermuseu - Cartografias da Diferença na Arte Brasileira", que foi cancelado devido a diversos protestantes que caracterizaram a exposição artística como "desrespeitosa". E ainda que não exista alguma lei para o controle da arte, isso já não é necessário, pois esse direito de se expressar já está sendo privado pelos próprios cidadãos, apenas por não conseguirem lidar com a realidade e não adquirirem o respeito pelo outro. Porém, consegue-se imaginar o que aconteceria se todas aquelas pessoas tivessem usado o tempo que foi gasto criticando e julgando a exposição, para comparecem ao Santander e refletir sobre os determinados assuntos que lá foram abordados? Pois é exatamente para isso que a arte serve. Ela nos faz refletir e também tem o poder de gerar debates internos e externos. A arte é capaz de alcançar pontos inalcançáveis, desconhecidos e principalmente aqueles que todos sabem da existência, mas nunca são discutidos. Por todas essas razões, é triste ver que uma sociedade tão moderna e tecnológica ainda tenha alguns pensamentos tão "primitivos". Uma solução para isso, é a presença de cada vez mais palestras e debates nas escolas, para que desde cedo o respeito ás diferenças seja absorvido. Também deve haver mais eventos culturais e artísticos gratuitos, para que a arte seja acessível e que todos sejam introduzidos nela. Além disso, que ela seja compreendida não como uma "causadora" de discórdia e sim, como uma forma de expressão, que abre caminhos para pensamentos e ideias.