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Enviada em: 22/03/2018

"Vivemos em tempos líquidos." A relação de liquidez proposta pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman, remete diretamente ao conceito das interações humanas no século XXI. Os valores vigentes na sociedade caracterizam uma clara estagnação cultural que visa o lucro e a aculturação, graves dificultadores para o processo de liberdade de expressão que acabam corroborando para a deturpação do "certo e errado", principalmente na produção artística.    Primeiramente, cabe destacar a questão das artes como transformadoras do meio social. O historiador italiano Nicolau Maquiavel, afirma que não há nada mais difícil ou perigoso que tomar a frente na introdução de uma mudança. Diante disso, o conceito de arte contemporânea vêm ganhando espaço frente aos antigos moldes, refletindo o novo panorama mundial principalmente ligado à Internet e a exposição gerada por ela.    Convém ressaltar, também, o debate acerca dos limites que envolvem a produção artística mundial. A sexualidade e a religião são temas recorrentes e estigmatizados no que tange as obras e apresentações expostas em galerias de arte, com livre acesso e interpretação por parte do público. Ademais, o mal estar gerado por tais obras se reflete em uma clara oposição pelas camadas mais conservadoras, que reprimem e censuram sua divulgação.    Faz-se evidente, portanto, a urgência de alteração desse cenário a fim de ampliar o acesso e aceitação das artes. Nesse sentido, as escolas públicas e privadas com o apoio do Ministério da Cultura devem promover o real e eficaz ensino de artes nas salas de aula, com professores qualificados e atividades lúdicas para a promoção de um senso crítico nas crianças e jovens. Atrelado a isso, a classificação das obras de arte por meio de um órgão regulamentador se faz necessária para que não haja falhas na educação social. Desse modo, poderemos começar a mudar a realidade descrita por Bauman e construir um novo futuro.