Materiais:
Enviada em: 22/03/2018

A produção artística tem acompanhando a vida humana da pré-história à atualidade, seja por meio de pinturas, músicas, livros ou filmes. No entanto, em decorrência da sua má interpretação, a impor adaptações torna-se necessário, a fim de que os artistas continuem a produzir sem serem censurados, que o capital movimentado não cesse e que o aparecimento de novos gênios não seja dificultado.       A arte é exteriorização do que se passa na mente de um indivíduo, reflete uma realidade vivida ou imaginada. Esse modo de expressar-se é assegurado pela Constituição Federal de alguns países, como é o Brasil, e diferente do que muitos pensam, não se restringe apenas às artes plásticas, abarcando desde a música ao cinema, ao teatro e à literatura. Todavia, às vezes o real sentido de uma obra é distorcido e a produção do artista passa a ser mal vista e banalizada, semelhante ao ocorrido com o maior mural de grafite a céu aberto da América Latina, em 2015, que foi quase totalmente pintado de cinza, a mando do prefeito Dória. Tal situação afirma a necessidade de adequações quanto a exposição artística, visando o não desrespeito ao seu produtor, e a sua integridade da obra.       Se de um lado existe indícios de censura, no outro tem-se um avanço na sua divulgação. Com o auxílio da internet, galerias, gravadoras e outros meios, passaram a expor produções que vão de artistas famosos às revelações contemporâneas. Por exemplo, um site russo vende réplicas de obras famosas, impressas em 3D sem nem ao menos possuir uma loja física. Além disso, no Brasil, a gravadora Kondzilla lança na web músicas e artistas do gênero “funk” e possui, atualmente, o maior canal nacional na plataforma do Youtube. Essa situação é reflexo do crescimento milionário que a arte vem gerando em vários países, e limitá-la desnecessariamente tornou-se um erro financeiro e cultural.       Nesse contexto, é possível dizer que proibir a livre expressão de uma pessoa é característica de um governo ditatorial. Então, medidas menos radicais devem ser tomadas, como a aplicação de classificações etárias, por parte de galerias, teatros e gravadoras, para certos tipos de obras e exposições, a fim de evitar que cenas de nudez sejam vistas, presenciadas ou ouvidas por crianças, por exemplo. Ademais, cabe aos grafiteiros o papel de pintarem apenas muros autorizados para que não inflijam a lei, e aos cidadãos em geral, com auxílio das escolas e palestras promovidas por movimentos artísticos, a busca pela compreensão do valor sociocultural que a arte exerce, para que, assim, a nação não se submeta ao silenciamento imposto pelo Estado. .