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Enviada em: 28/03/2018

“A arte é a auto expressão lutando para ser absoluta”. Essa afirmativa feita por Fernando Pessoa limita o sentido de uma expressão artística. Isso porque em diversas situações a imagem passada ou os sons emitidos não oferecem objetividade suficiente para uma interpretação branda e eficaz. Com o passar dos anos a noção de obra de arte têm adquirido vasta diversificação, entretanto a banalização quanto à exposição trouxe consigo debates e desavenças, já a limitação dita pelo autor supracitado, após evoluções, expandiu-se ao inesperado.        O esperado pelos observadores de técnicas artísticas é a materialização de seus próprios ideais, ou ao menos a não-discrepância de ideais e virtudes. Contudo a realidade vivida diverge-se ao revelar exposições, como a promovida pelo Santander no último ano, que originou revoltas, em destaque, nos movimentos religiosos. Isso porque a exibição permitia o contato entre crianças e adulto despido de forma libertária. Mas a causa específica para que iniciasse incômodos em parcela da sociedade não resume-se ao ato, mas à crença expressa pelos autores da apresentação tida como absoluta e o envolvimento com seres incapazes de processar um posicionamento concreto.        Com isso, os limites para o mundo das artes tomou outros rumos, não mais restringe-se à época vivida. Porém, o que desperta discordância na sociedade é o envolvimento de seres indefesos, a exposição ilimitada e o ferimento de ideais incomuns. De tal forma, cresce no meio de convívio uma realidade adversa à igualitária, sequer que promova respeito aos demais. Além disso, as modificações em que o mundo artístico encontra-se faz com que os recém conhecedores de tal meio associe-a a um cenário de críticas, ironias e discórdia.        Infere-se, pois, a precisão de encontrar caminhos para que seja devolvido ao mundo da arte o sentido de gênese: uma expressão do autoconhecimento, de forma que promova equilíbrio nas idealizações variáveis. Assim, cabe ao Ministério da Cultura a fiscalização aprimorada e avaliação precursora às mostras, através do cumprimento das leis vinculadas ao direito de expressão, mas também o cumprimento dos direitos humanos, a fim de mitigar os efeitos negativos proporcionados pela arte. Ainda, é necessário que o Legislativo institua uma lei que estabeleça um viés a ser seguido pelos artistas, não para que exista limite, mas para que a arte não perca a essência de expressão com marginalizações e ações individualizadas quanto aos ideais acreditados.