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Enviada em: 28/03/2018

Não é preciso limites e sim mais aproximação      A questão sobre a  necessidade de estipular limites às artes ganhou força recentemente no Brasil após a constestação sobre a performace de um artista nu, no Museu de Arte Moderna, em São Paulo. Na verdade, não precisamos de criar fronteiras para a arte, mas ela precisa ser apreciada dentro de um contexto, e para tal, há a necessidade de uma maior aproximação da sociedade com o universo artístico.       Em primeiro lugar, é importante considerar o aspecto contextual da criação de uma obra. Geoge Dickie, pintor e escultor, afirma que na instauração de um objeto como arte, deve-se sobressair o contexto cultural em detrimento das suas características intrínsecas. A exemplo dessa afirmação, temos a obra " A fonte" que no início do seculo XX rompeu com técnicas tradicionais e culminou com a abertura de novos caminhos. O que faz de um urinol uma obra de arte é sem dúvida a sua apreciação sem deturpação do contexto de sua criação.      Para conseguirmos esse tipo de apreciação, a sociedade precisa naturalizar-se com o universo artístico. A nudez humana, por exemplo, no seculo XIX chocou a sociedade francesa na obra " a Olympia", de Manet. Mas, recentemente, um museu em Paris lançou uma campanha com o slogan " tragam seus filhos para ver gente nua", e segundo a diretora do museu, foi bem aceito por essa sociedade. Podemos vislubrar aqui uma maior aproximação dos franceses com a arte, e assim, a nudez humana na arte francesa já não é tão chocante como outrora.       Portanto, é preciso conhecer mais sobre as artes para apreciá-las mais profundamente. Para isso, o Ministério da Cultura por meio de incentivos fiscais às emissoras de televisão, com  o objetivo de promover maior aproximação da sociedade com o mundo artístico, deve desenvolver programas televisionados para serem transmitidos em horários nobres voltados ao ensino das artes, contextualização de obras artísticas e debates com pessoas renomadas e especialistas no assunto.