Materiais:
Enviada em: 14/04/2018

A arte está presente no cotidiano do homem desde os primórdios da História da humanidade e é uma relevante ferramenta para a expressão de quem a cria. Assim, as obras adquirem importância histórica ao passo que eternizam visões de mundo das épocas em que foram criadas. Esse processo, entretanto, acaba por relevar preconceitos e evidencia que a arte deve estar sujeita à limites morais e éticos.    A arte, dessa maneira, não deve basear-se em diferenças culturais de povos, de modo que defina culturas superiores. Esse processo, ao ser difundido em uma sociedade, abre espaço para a xenofobia e etnocentrismo, ações essas que podem influenciar atos extremos. Nesse aspecto, cabe a análise do ataque à sede da revista francesa Charlie Hebdou em 2015, o qual foi realizado por extremistas islâmicos que sentiram-se vitimizados pela representação satírica e ofensiva de sua religião publicada em edições anteriores.    Além disso, a arte está sujeita a diversas interpretações. Dessa maneira, a abertura de exposições para o público sem uma breve introdução da temática das obras ou esclarecimento de quem é o público alvo, ocasiona reações exaltadas de parte dos espectadores. Assim, com a preparação prévia do público, exposições como "Queermuseu", polêmica por retratar obras que incitam a reflexão acerca das questões de gênero e sexualidade, podem ser melhor aceitas no cotidiano.     Para que haja um consenso sobre os limites morais da arte, deve haver a criação de uma Associação Internacional de Artistas. Essa instituição deve crias fóruns na internet para promover o debate entre artistas de todo o mundo a fim de estabelecer parâmetros morais para as obras, tais como temáticas não ofensivas e faixa etária para certos conteúdos. Cabe ressaltar que essa Associação não deve limitar o processo criativo das obras, mas promover o diálogo e evidenciar pontos morais que podem ser levados em conta. Dessa maneira, a arte continuará a ser um importante canal para a expressão de diversos artistas.