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Enviada em: 04/04/2018

Com a vinda dos portugueses para o Brasil, fazia-se necessário o relato, para Portugal, daquilo que aqui foi achado, relato feito por Pero Vaz de Caminha. Contudo, a carta sofreu censura quando teve trechos suprimidos. Ainda no século XXI, observa-se a presença da censura, dessa vez, contra às artes. Desse modo, torna-se crucial o combate à censura improcedente que põe em perigo o estado democrático de direito.    É notável que a censura sem justificativa legal é uma ameaça à democracia. Com isso, nota-se uma clara confusão entre o que é a imagem e o protótipo. Porém, René Magritte, pintor, com sua obra ''O Cachimbo'', evidencia que aquilo é uma representação e não o cachimbo em si. Entretanto, a mistura dos conceitos cria um terreno propenso a intolerância artística e conduz ao pensamento retrógrado da remoção de direitos de expressão.    Ademais, a liberdade, seja de expressão ou artística, é indispensável para o conhecimento da História, para o progresso social e aprendizado das novas gerações. Contudo, a estigmatização de temas que são explorados pelas artes provoca o rechaço quanto a exposição. Prova disso, é a grave censura que a obra ''A Origem do Mundo'', do pintor Gustave Courbet, sofre até os dias de hoje.    Dessarte, é necessário que haja uma maior observância das leis que cuidam de casos como limites nas artes, por parte de curadores e responsáveis legais de exposições, objetivando desconstruir argumentos infundados contra determinadas exposições. Faz-se necessário também, juntamente com o judiciário, evidenciar que as artes, seja musical, teatral entre outras, não devem, sob qualquer pretexto, ferir a honra, crença e dignidade moral do observante. Além do mais, promover uma maior aproximação, através de exposições em espaços públicos, coordenados por artistas e curadores, objetivando mostrar a importância das artes é necessário para desconstruir o estigma de que a arte é ''desnecessária'' e, assim, acabar com a censura sem precedentes legais.