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Enviada em: 15/04/2018

Considerada como o marco inicial do modernismo no Brasil, a Semana de Arte Moderna, ocorrida no ano de 1922, veio para romper com o tradicionalismo clássico, visando a liberdade estética e de ideias dentro da arte, o que, na época, foi motivo de espanto em toda sociedade. No entanto, hodiernamente, após quase um século, apesar do ofício artístico ser conceituado como uma manifestação do artista acerca de percepções, ideias e emoções pessoais, a arte ainda sofre com setores conservadores da sociedade que pretendem limitá-la.   O procedimento artístico nada mais é do que uma maneira que o artista utiliza para se expressar. Assim sendo, quando o questionamento a respeito dos limites que hipoteticamente serão impostos à arte é levado em discussão, se questiona, da mesma forma, se a liberdade de expressão deve ser limitada, o que fere com um direito fundamental do ser humano, assegurado pela Constituição Brasileira.   Isso ocorre devido à educação conservadorista que as pessoas herdam de suas famílias e aos veículos de propagação artística que, querendo ou não, normalmente, acabam promovendo apenas manifestações artísticas consideradas "tradicionais", induzindo a sociedade a tratar com anormalidade demonstrações que fogem do "comum". Desta forma, pode-se usar de forma alusiva regimes totalitaristas, como a Ditadura Militar entre 1964 e 1985 no Brasil, na qual a mídia era manipulada de acordo com as imposições ditatoriais, impedindo a liberdade de expressão.   Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Primeiramente, cabe ao governo promover oficinas -baseadas na teoria, prática e reflexão- para famílias, em locais públicos pelo país, a fim de levar as pessoas a conclusão de que o direito à liberdade de expressão é fundamental e também se inclui no meio artístico e, outrossim, através de financiamentos em veículos midiáticos, promover a exposição de qualquer manifestação artística, apenas informando a idade indicativa, para que seja unicamente responsabilidade dos pais o seu possível acesso às crianças.