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Enviada em: 16/05/2018

Um Saci sem cachimbo ou um carnaval sem a marchinha "Maria Sapatão". Em uma sociedade cada vez mais preocupada com as minorias, o limite entre o politicamente correto e a liberdade de pensamento perpassa por uma linha tênue.  Entretanto, nem sempre é possível delimitar a ética a ser seguida, o que resulta em conflitos e censura.        Vale ressaltar que, com o advento do meio técnico-científico-informacional, houve a facilitação da comunicação instantânea. Nesse sentido, maior é a propagação de debates em redes sociais acerca de contestações às ações ofensivas às minorias. Assim, o discurso do politicamente correto faz-se necessário em conteúdos racistas e sexistas, que contribuem para a segregação social, pois impedem que a acomodação da sociedade contribua para a manutenção de discursos discriminatórios.    Contudo, é utópico modificar ou censurar certos legados de uma sociedade em detrimento de argumentos inócuos, que não contribuem para menor exclusão. O cachimbo do Saci, explícito em contos, ou a associação da orientação sexual à marchinha não propagam ou incentivam o fumo ou a homofobia. Outrossim, demonstram que a cultura e os pensamentos de uma sociedade não são fixistas, e sim se modificam e adaptam ao longo do tempo, com conteúdo cada vez mais inclusivos.      Fica claro, portanto, que não deve haver aceitação em discursos discriminatórios que contrariem os direitos humanos. Por outro lado, nem todos os conteúdos contribuem de fato para a segregação. De certo, com o intuito de mitigar a intolerância, campanhas de sensibilização devem ser promovidas pelo Ministério da Educação e pelo Ministério da Cultura, transmitidas em horário nobre em redes abertas, que visem incentivar a valorização das diferenças dos indivíduos. Assim, o objetivo é disseminar a criação de linguagem e ações cada vez mais inclusivas, para que o respeito ao próximo passe a ser rotineiro na sociedade brasileira.