Enviada em: 24/05/2018

É nítido que há liberdade de expressão no Brasil, sendo uma das garantias da Constituição do nosso país. Para Hannah Arendt, os indivíduos, por serem humanos, já garantem o direito de ter direito e sem fronteiras do Estado nação. Nesse contexto, as pessoas podem falar o que querem, devido a garantia do direito conquistado. Por outro lado, não é preciso limitar para ser politicamente correto?    O povo brasileiro colhe frutos da sociedade que semeou e lutou durante a ditadura militar. Com isso, desfrutamos, hoje, da liberdade de expressão que outrora era limitada. Muitos indivíduos, contudo, não sabem balancear o que realmente é essa liberdade e até onde podem ir sem ferir o próximo. Sendo, então, politicamente incorretos, assim como o apresentador Rafinha Bastos, ao ultrapassar os limites no caso da cantora Wanessa Camargo.    De acordo com Sérgio Buarque de Holanda, o brasileiro é suscetível a influências estrangeiras, por que reproduz muito do que se vê. Nesse sentido, a exemplo de jornais de outros países que não tem respeitado indivíduos e religiões, escrevendo o que bem quiseram; o povo brasileiro se acha em pleno direito de realizar as mesmas práticas. Dessa forma, violam os direitos humanos com dizeres racistas, homofóbicos e de extremismos. A exemplo do cotidiano das redes sociais.     Platão defendia que, para mover o mundo, o primeiro passo é mover a si mesmo. Dessarte, o Estado deve discutir e fazer cumprir leis que garantam respeito aos cidadãos, como a Constituição. Preservar os que tiveram direito desrespeitado, colocando órgãos da Justiça para atuar de forma mais precisa e punitiva aos que são politicamente incorretos. A sociedade, no entanto, deve refletir e mudar sua postura, começando na família e repassando aos grupos próximos, como local de trabalho, igrejas e escola de forma a mostrar que a liberdade de expressão não se traduz em libertinagem. Destarte, será possível que tenhamos liberdade de expressão de modo respeitosa e equilibrada. Então, também, politicamente correta.