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Enviada em: 30/05/2018

Em conformidade com a ideia de Jürgen Habermas, é através dos regimes democráticos se torna possível estabelecer uma ação comunicativa, e a partir dessa perspectiva permitir o consenso entre os cidadãos. No entanto, atualmente, essa lógica proposta por Habermas não é tão atuante na sociedade, seja pela incompreensão da garantia constitucional, e seja pela a irresponsabilidade do que se é dito. Nesse sentido, faz-se necessário analisar as causas que levam à iminência da liberdade de expressão transforma-se em discurso de ódio.  É indubitável que a deturpação da carta magna esteja entre as causas da questão. É assegurado constitucionalmente, através do artigo quinto, o direito a liberdade de expressão, ou seja, o cidadão goza a conquista de livre pensamento sem censura. Dessa forma, essa garantia é usada como argumento pelas mídias sociais, todavia, muitos debates virtuais apresentam opiniões cujo conteúdo atribuído reflete discurso de ódio, de modo que contradiz a ideia do filósofo Norberto Bobbio sobre liberdade e democracia.  Outrossim, destaca-se que essa “pseudo liberdade” está muito presente nas relações sociais. No ano de 2015, a revista satírica Charlie Hebdo extrapolou a barreira de expressão, e fomentou a intolerância a uma cultura. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que ainda não há parâmetros para expor opinião de modo saudável, de forma que esses fatos tornem a convivência em sociedade conflituosa.  Evidencia-se, portanto, que medidas são necessárias para atenuar os efeitos dessa questão. Diante disso, cabe à família ensinar desde cedo aos seus membros compreender a pluralidade de opiniões, e em conjunto com as escolas promover debates e diálogos sobre diversos temas, assim estimulando o respeito ao posicionamento dos demais. E através disso, a ação comunicativa proposta por Jürgen Habermas torne-se mais significativa perante a sociedade.