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Enviada em: 12/07/2018

A Constituição Federal veta, em seu artigo quinto, a possibilidade de censura à liberdade de expressão. Toda via, com frequência surgem debates sobre os limites da liberdade de expressão, afim de que essa não seja usada para justificar manifestos que extrapolem a fronteira da ética e da moral, ou seja, do politicamente correto. No entanto, a intensa recorrência a essa ideia revela nossa incapacidade para educar nossos cidadãos para naturalmente agirem de modo ético e moral,        Historicamente, quando grupos minoritários (negros, mulheres, gays) passaram a gozar do direito de igualdade, e começara a compor a dinâmica da vida social, tem início a necessidade de novas formas de tratamento para com estes grupos. Entretanto a igualdade fez-se somente no papel, não concretizou-se socialmente. Temos por exemplo os negros, que foram libertos pela Lei Áurea, mas junto com essa não houve um esforço para a adaptação social aos mesmos. Em consequência este grupo ainda é alvo de tratamentos racistas. Igual desrespeito acorre com outros grupos, isto é, ainda não nos educamos para a convivência com os grupos minoritários.             Consequentemente, surge a necessidade de uma coerção social, o politicamente correto, para preencher esse nosso déficit educacional. Esse ao censurar ações excludentes ou marginalizadoras realiza o trabalho da educação domiciliar, nos norteando sobre o que é ou não ético. Ao repreender termos obviamente racistas, homofóbicos ou o desrespeito à preferência do idoso, da gestante o politicamente correto censura algo que naturalmente já o deveríamos fazer, com base em nossa educação familiar.       Diante do exposto, entende -se ser fundamental esclarecer sobre quais são os atos desrespeitosos. Para tal, o Ministério da Educação deve investir em campanhas publicitárias descrevendo oque é ou não descriminatório; publicar livretos com o mesmo tema para distribuir a alunos do ensino fundamental, e ainda, nas mesmas peças publicitárias incentivar os pais a educarem seus filhos para o total respeito a todos.