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Enviada em: 30/03/2019
Antagonismo entre repressão e opinião No livro 1984, George Orwell apresenta uma sociedade distópica, onde conceitos como liberdade de expressão eram expressamente proibidos. Apesar de ficção, o livro traça um paralelo visível na sociedade atual, na qual há extremos entre a censura e a própria demasia no livre direito de se exteriorizar, ultrapassando os direitos do próximo. Nesse aspecto, é evidente que as redes sociais no mundo contemporâneo são um importante e amplo mecanismo de debate, contudo, em alguns momentos, esse ambiente se mostra altamente abusivo. Isso pôde ser muito bem evidenciado nas eleições presidenciais de 2018, em que os candidatos Jair Bolsonaro e Fernando Haddad criaram um dualismo ideológico, fazendo com que seus apoiadores tornassem a esfera virtual extremamente hostil, desrespeitando a opinião alheia. Além disso, manifestações populares, universidades e a mídia também são espaços amplos para discussão e formação de opiniões. Com isso, surgem diversos movimentos acerca dos mais variados temas, além de debates e apresentação de inúmeros pontos de vista. Não obstante, o caso do jornal francês Charlie Hebdo se mostra como um impasse, já que dialóga com o limite de expressão ao abordar uma temática polêmica, assim como a forma de repressão extremamente violenta. Destarte, torna-se evidente que é necessário conscientizar a população acerca da diferença entre se exprimir de forma abusiva e censura. Para isso, é importante que as próprias escolas em parcerias com ONGs, invistam em workshops com palestras e especialistas debatendo sobre essa temática, alertando sobre os claros efeitos negativos e positivos da livre exposição de opinião. Apenas desse modo será possível formar pessoas mais aptas a exteriorizarem sua opinião sem ferir os direitos do próximo. Afinal, é imprescindível que casos como a das eleições de 2018 e o ataque ao jornal francês não se repitam, assim como é inviável que uma sociedade se torne repressora da opinião como no romance de Orwell.