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Enviada em: 14/05/2019

Os movimentos sociais alcançaram inúmeras conquistas ao longo deste século. Sendo o respeito a singularidade um exemplo, e por isso, diversos grupos minoritários tiveram direitos consolidados. Todavia, um movimento recente que ganhou repercussão nacional foi o politicamente correto, ou seja, a adoção de termos denotativos, que não exprima preconceito ao outro indivíduo, contudo, seu exagero tira a liberdade de expressão de diversas pessoas por reprimir e censurar todas as formas de comunicação que grupos particulares acreditam ser preconceituosas.     Em primeiro lugar, é importante entender que a convivência em sociedade requer respeito mútuo. Assim,  é correto afirmar que tanto grupos minoritários quanto os majoritários devem eleger formas respeitosas ao conversarem, não sendo aceitável que os termos politicamente corretos sejam empregados unidirecionalmente como os setores midiáticos divulgam. Um exemplo disso é chamar uma pessoa de gorda, termo considerado preconceito, diferentemente se chamar a pessoa de magra, sendo que as duas formas são apenas características físicas dos envolvidos.      Ainda, é indubitável que se tratando de expressão linguística popular, os limites entre a liberdade de expressão e a ofensa são tênues. Por isso, o respeito a cultura local e aos hábitos individuais devem prevalecer em detrimento ao julgamento precoce do que um terceiro acredita ser ofensa. Dessa forma, entender o contexto é fundamental para que não haja conclusões precipitadas.    Fica evidente, portanto, que o limite entre a liberdade de expressão e o politicamente correto é uma linha tênue. Por isso, a mídia televisiva, órgão importante para auxiliar na mudança comportamental e cultural das massas, deve inserir nos seus programas exemplos de comunicação que valorize as regionalidades e mostre que nem todas as palavras tem conotação depreciativa, podem estar inseridas nas expressões culturais e regionais, para que as pessoas possam respeitar a pluralidade e o sincronismo cultural brasileiro. Dessa forma, estaremos caminhando para um respeito universal e logo não será necessário classificar nenhum termo como politicamente correto porque as próprias pessoas saberão que ponto poderão ir na sua liberdade de expressão.