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Enviada em: 20/06/2019

Sabe-se que a censura é algo que estava fortemente presente no Brasil durante alguns períodos do século XX. De 1937 a 1945 ocorreu o que ficou conhecida como "ditadura de Vargas" - o Estado Novo. Alguns anos mais tarde, um golpe, ocorrido em 1964, deu início à Ditadura Militar, a qual perdurou até 1985. Atualmente, a Constituição Federal prevê que cada indivíduo é livre para expressar-se da forma que quiser, sem que haja qualquer intervenção do Estado ou de quaisquer outras entidades sobre suas ideologias. Contudo, deve-se sempre utilizar o "politicamente correto" acima da "liberdade de expressão".   Durante o Estado Novo e a Ditadura Militar, órgãos de imprensa e comunicação e indivíduos eram censurados por apresentarem ideias contrárias aos governos vigentes da época. As únicas opiniões aceitas eram aquelas que demonstravam apoio aos regimes ditatoriais das determinadas épocas. Nos dias de hoje, existem leis que defendem a liberdade de cada indivíduo de expressar o que sentem ou pensam, seja por meios de comunicação, artísticos, científicos ou intelectuais. É um direito individual poder expressar-se.   Entretanto, o racismo (preconceito e discriminação social com base na raça, cor, etnia ou crença de um indivíduo) e a homofobia (rejeição ou aversão a homossexuais, bissexuais, transexuais, entre outros membros da comunidade LGBT+) podem servir de exemplo como duas ideologias que não podem ser expressadas livremente no Brasil, já que ambos os tópicos são considerados crimes: o primeiro, desde 1989 e, o segundo, desde junho de 2019. Nesse caso, o politicamente correto (neutralização de um discurso a fim de evitar fazer referências aos diversos tipos de discriminação existentes) se sobressaiu em relação à liberdade de expressão.   Tendo em vista as informações supracitadas, a frase "eu discordo do que dizes, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-lo", a qual é, muitas vezes, atribuída erroneamente a Voltaire (filósofo iluminista; grande defensor da liberdade de expressão e da tolerância), poderia ser substituída por "sua liberdade de expressão acaba quando fere a de outrem". Todos têm direito à liberdade e a não serem injuriados. A liberdade de expressão e o politicamente correto, além de estarem presentes nas leis da Constituição Federal, deveriam estar presentes nas grades curriculares divulgadas pelo MEC desde o ensino fundamental, para que os cidadãos brasileiros pudessem desenvolver desde cedo a ideologia mais importante: o respeito ao próximo.