Materiais:
Enviada em: 11/07/2019

Em meados dos anos 50, no Brasil, surge o movimento musical intitulado bossa nova, tendo como grandes representantes Vinícius de Moraes, Chico Buarque entre outros. Inicialmente tomou forma em músicas que descreviam a vida do boêmio no fim da tarde nas praias do Rio de Janeiro. Entretanto, após o início da ditadura militar brasileira em 1964, a censura tornou-se constante e também mais agressiva, proibindo uma grande parcela das músicas brasileiras criadas no período. Assim sendo, o estilo musical se transformou em um movimento social; artistas encontraram meios de burlar o sistema de censura para que pudessem ter voz ao criar letras de duplo sentido e mensagens nas entrelinhas.       Dessa maneira, a necessidade por uma maior liberdade de expressão urgia no país. Ademais, havia a perseguição a cidadãos e artistas que fossem contrários ao regime que governava o Brasil na época; segundo a Comissão da Verdade (CVN), 434 pessoas desapareceram ou morreram durante a ditadura. Ainda que não se conte a quantidade de prisões realizadas durante a ditadura, os índices alarmam à magnitude da censura e perseguição à oposição e militantes. Posterior ao fim da ditadura militar, houve uma nova Constituição, a de 1988, que possuí em sua estrutura artigos e leis que proíbem a censura e regulam a liberdade de expressão.        Entretanto, há impasses entorno da liberdade de expressão e o que tange os limites do politicamente correto. Outrossim, tendo a Europa como exemplo, há a ascendência de um movimento que promete resgatar os valores do nazismo – o neonazismo – e que se expande pelo mundo inteiro. Segundo a instituição Southern Poverty Law Center, há cerca de 121 grupos neonazistas nos Estados Unidos. Em suma, utilizam os princípios preconceituosos e fascistas do nazismo para pregar o ódio e preconceito ao próximo, tendo como principais alvos as minorias e imigrantes.        Portanto, é perceptível que há um aumento na liberdade de expressão, entretanto essa elevação é perigoso, porque possibilita que grupos radicais e disseminadores de ódio ou preconceito tornem-se “respeitados” e comuns. Logo, atitudes e grupos como esses devem ser repreendidos, visto que ferem a existência de outros indivíduos. Sendo assim, é necessário que a Organização das Nações Unidas (ONU) junte-se com os países participantes, por meio de suas assembleias, para discutir medidas que devem ser tomadas com urgência, entre elas ações que prezem a educação das crianças para que respeitem os indivíduos de origens, culturas e opiniões diferentes e também uma nova estrutura educacional que insira palestras e aulas dedicadas à diversidade e a fusão de culturas.