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Enviada em: 11/07/2019

George Orwell narra em sua obra “A Revolução dos Bichos” a história fantástica de submissão dos animais da Granja Solar perante ao Sr. Jones, dono da fazenda. Como o Senhor era autoritário e visava apenas lucros com a fazenda, os animais organizam um motim para expulsar Jones, dessa forma assumindo o controle, com foco apenas em manter o bem-estar dos animais. Porém, o camarada Napoleão, líder revolucionário, abusa da liberdade de expressão que lhe foi concedida mediante à revolução e exerce papel semelhante ao do Sr. Jones como autoridade. Fora da ficção, é fato que a liberdade de expressão é fundamental para o convívio social e deve ser mantida à todo custo, porém, deve-se ter cautela quando, a partir da liberdade de expressão, surgem ideias preconceituosas, desta forma o politicamente correto é desrespeitado.         Primeiramente, é de suma importância destacar que para a manutenção de um estado social eficiente é necessária a presença da liberdade de expressão, caso esta não esteja presente, configura-se um estado ditatorial. Como ocorreu no Brasil no período de 1964 a 1985, qualquer material que foi veiculado, passou pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) que compunha as engrenagens de um sistema de desmobilização popular e de perseguição à dissidência a partir da repressão política, da censura e até mesmo da tortura.         Por conseguinte, deve-se respeitar aos outros, mesmo quando divergem opiniões, conforme diz Voltaire: “Não concordo com uma palavra do que dizes, mas defenderei até o ultimo instante seu direito de dizê-la.” No entanto, cria-se um problema quando esta opinião deixa de ser apenas uma opinião e transgride à preconceito. Tem-se como exemplo disto Adolf Hitler, que possuía uma opinião da raça ariana ser superior a todas as outras, o que se tornou um problema quando ele começou a disseminar esta para multidões, gerando a maior onda preconceituosa da história, assim ocasionando a morte de aproximadamente 6 milhões de pessoas, segundo o historiador Raul Hilberg.       Portanto é mister que o Estado tome providências para amenizar o quadro atual. Para conscientização do cidadão desde cedo a respeito de seus direitos e deveres políticos, urge que o Ministério de Educação e Cultura (MEC) crie, por meio de verbas governamentais, uma nova matéria para o currículo escolar que trate de política e ensine aos alunos a importância da liberdade de expressão, além de alertar sobre os perigos da tirania. Somente assim será possível alcançar a harmonia social quanto às liberdades expressivas, diferenciadas do preconceito.