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Enviada em: 17/07/2019

Na obra filosófica "A República", de Platão, há uma teoria de que nenhum homem é justo, honesto e íntegro voluntariamente. Não obstante, a teoria critica a incapacidade do homem ser virtuoso sem limites. Contudo, o politicamente correto está em falta e o homem utiliza a liberdade de expressão para velar preconceitos e se voluntariar para a ausência de princípios.O poder público segue inerte e deixa a problemática permanecer.         Primeiramente, é indubitável que a literatura machadiana caracteriza o homem como um ser corrompido. Aliado a isso, o homem aproveita a liberdade de expressão para justificar preconceitos deturpados. Por isso, o criador de conteúdo, Júlio Cocielo foi acusado de racismo após uma publicação que afirmava que o jogador Mbappé poderia fazer arrastões na praia o que assimilou a cor da pele do jogador com o crime. Ademais, a afirmação supracitada confirma que o politicamente correto está em falta.       Nesse contexto, o poder público segue em repouso com a problemática quando confunde casos de preconceito com liberdade de expressão. Embora o artigo 5 da Constituição Federal, de 1988, defenda a liberdade de expressão é preciso que o poder público imponha limites para evitar a confusão referida. Atrelado a isso, o pensamento aristotélico de que para tornar-se ético o homem deve ser responsável pelas próprias ações e dos demais é unilateral quando o poder público é incapaz de efetivar medidas que contornem a situação.       Portanto, medidas governamentais devem ser efetivadas. A campanha "Seja politicamente correto: denuncie preconceitos velados" deveria funcionar de modo  informativo, em que o poder público juntamente com o Ministério da Comunicação poderia fazer pequenos comerciais midiáticos com exemplos de preconceitos e assim assegurar  que esse tipo de discriminação não se repita.  Além disso, é necessário que o poder público inclua no artigo 5 que nenhuma intolerância ou injúria será considerada como liberdade de expressão e assim o homem poderá ser virtuoso.