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Enviada em: 11/08/2019

Como diria o teórico e pai da sociologia, Émile Durkeim: "não há se não diferenças que se tendem uma para outro, são aquelas que em lugar de se excluir, se completam". De forma análoga, a liberdade de expressão por si só é letal para o convívio social; entretanto, com os critérios do politicamente correto, a busca pela harmonia entre grupos sociais é mais próxima da realidade. Nesse contexto, convém analisar as causas, consequências e possíveis soluções para o problema acerca dos limites entre o direito de se expressar e o politicamente correto.       A priori, o direito constitucional da liberdade de expressão representa um manifesto das lutas sociais durante toda a historicidade das civilizações. Todavia, a falta de restrições a essa liberdade jurídica afeta diretamente grupos minoritários, como os negros, visto que crimes de caráter pejorativo são poucos apurados. Diante disso, cabe destacar o pensamento de Durkeim, o individuo só poderá agir na medida em que seu contexto está inserido. Portanto, no Brasil, onde há persistência da intolerância, o objetivo do politicamente correto é eficaz para o equilíbrio social.       A posteriori, segundo Herbet Spencer, filósofo inglês: "a liberdade de um termina onde começa a do outro".  Equitativamente, o respeito em uma sociedade coesa se sobressai quanto à liberdade de se expressar, tanto que para isso, foram criadas leis que protegem a integridade de todos os povos. Contudo, somente normas e regras não são suficientes, pois a educação é necessária para transformar a sociedade e as pessoas, como dizia o educador Paulo Freire. Deste modo, o limite entre a liberdade de expressão e o politicamente correto corresponde à educação do país.       Logo, é necessário que o Ministério da Educação advenha com projetos de socialização, com promoção do respeito e da empatia, a fim de formar cidadãos tolerantes capazes de usufruir do direito de liberdade de expressão sem restrições. Portanto, devem ser criadas escolas, por meio de investimentos públicos, além de promover palestras com crianças e educadores acerca da importância do outro na sociedade. Para assim, alcançar a harmonia social de forma a propiciar a integridade de todos os povos de uma nação.