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Enviada em: 16/10/2017

Durante o Regime Militar no Brasil, vários direitos civis foram violados, inclusive, a liberdade de expressão. Com a retomada da democracia, ela foi considerada como um direito constitucional. Entretanto, socialmente há uma confusão entre os limites do direito expressivo e o politicamente correto, cujas causa e consequências cabem ser analisadas.     Em setembro de 2017, o banco Santander promoveu uma exposição de arte em Porto Alegre. Porém, ela foi proibida por fazer apologia à pedofilia, embora, que tenha sido comprovada à ausência dessa. A proibição desse evento artístico sem motivos legais pode ser considerada como um ato de censura, portanto, fere os direitos de liberdade de expressão. Essa polêmica deve-se ao fato de parte da população considerar, que o que é moral ou politicamente correto para ela é também para a sociedade em geral, quando, na verdade, esse conceito é algo amplo e que deve abranger todos os credos sociais legais; o que pode ter ferido a "família" para uns não serve para todos, por exemplo.    Ademais, essa indiferenciação dos termos liberdade de expressão e legalmente correto, pode ser observado no âmbito virtual. "Meu direito termina quando o do outro começa"; um ditado muito famoso, que nas redes sociais vem perdendo valor, pois muitos utilizam o direito expressivo que possuem para difamar, caluniar e injuriar outrem no meio virtual, alegando um direito constitucional que, na verdade, é considerado como abuso e, portanto, crime cibernético. Então em casos como esse a expressividade é mal colocada sendo esta politicamente incorreta.    Fica claro, por conseguinte, que é preciso reconhecer os limites entre a liberdade expressiva e o que é legal perante a lei. Para isso, cabe as escolas debater sobre o tema com seus alunos através de aulas ou palestras, visando a orientação dos estudantes sobre a colocação desse em diferentes situações. Cabe também à mídia, promover campanhas sobre o real sentido do direito de expressão, através das redes sociais, com o objetivo de conscientizar a sociedade.