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Enviada em: 19/10/2017

No auge da ditadura Militar brasileira, enquanto Roberto Carlos e Wanderleia eram considerados alienados por não falarem sobre a situação política do país, artistas como Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil, que cantavam canções políticas, eram censurados pelo governo, presos e exilados. O debate atual sobre liberdade de expressão inclui a discussão sobre politicamente correto e censura. Por isso, para que ocorra a compreensão de respeito ao próximo, o reconhecimento de privilégios é algo primordial.     Muito se discute sobre a extensão da liberdade de expressão. Apesar da Constituição Federal defini-la, indaga-se qual seu limite. Assim, apesar C.F. a classificar como uma liberdade plena, preceitua a dignidade da pessoa humana como princípio constitucional vinculante regente de todos os outros, ou seja, se é livre até o limite do direito do outro. Logo, discursos homofóbicos, racistas, gordofóbicos e sexistas além de desacatar a este direito, ainda disseminam ódio à minorias.     Outro ponto importante é a deturpação da expressão politicamente correto. Inicialmente, tratava-se de uma forma de colocar normas de melhor convivência para a sociedade, regras ligadas ao respeito ao próximo. No entanto, hoje a locução tem conotação pejorativa relacionada à censura. De certo modo, se tornou comum que discursos de ódio sejam confundidos com liberdade de expressão, buscando legitimação seus enunciadores comparam o bom senso à proibição governamental, e utilizam como uma forma de trazer polêmica e discussão ao que esta sendo falado.    Um modo de dirimir a questão, portanto, é a divulgação de campanhas publicitárias em TV's, jornais e redes sociais, realizada em parceria entre Organização dos Advogados do Brasil e Ministério da Justiça, possibilitando que a população tenha acesso ao conhecimento do que é liberdade de expressão e o que não é. Pois só através do saber que a sociedade poderá se desenvolver de forma sadia.