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Enviada em: 20/10/2017

Na Grécia Antiga, o ideal de liberdade era pautado na política. Para o cidadão, ser livre significava exercer a cidadania participando de decisões da pólis. Hoje, porém, com a falsa sensação de liberdade bem como atritos sociais pela ausência de um consenso, há a perturbação da plenitude dessa.        É incontestável que dentre as causas do problema o advento da internet é mormente o destaque. Embora essa mídia trouxe amplos benefícios, é justamente em sua influência que há prejuízo. Ao utilizar do pensamento de Michel Foucault, o poder delineia o limite de liberdade, ele dita a maneira de comportamento. De maneira análoga, esse é o mundo digital, um completo simulacro do real. Tudo o que é postado, comentado e disseminado passa pela ótica de outros, limitando-nos. Dessa maneira, há então uma sensação ilusória de liberdade, onde o indivíduo é vigiado sem desejar pelo poder da tecnologia, não desfrutando da condição de ser livre verdadeiramente.       Ademais, a lógica contemporânea que rege a sociedade encarrega-se de conturbar a situação. Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, uma característica da modernidade líquida é a busca pelo individualismo em detrimento ao coletivo. Cada vez mais humanistas, priorizando os prazeres e afins, nos ocorre uma dificuldade na canalização de ideias para o bem comum assim como o estabelecimento da liberdade de expressão de cada um. Um exemplo disso foram as eleições presidenciais de 2014, onde o Brasil fora palco de tamanha polarização política que dificultou  o diálogo.       Perante os fatos elencados, fica claro portanto, que a liberdade é inerente à condição humana e que imbróglios sociais a afetam. Por isso, é necessário que a escola em sua integridade proporcione debates e palestras no âmbito da sociologia, esclarecendo a liberdade e o respeito à opinião de outrem. Além disso, órgãos como o Ministério da Educação e da Cultura em parceria com a mídia, podem divulgar e promover campanhas pró-respeito  acerca do tema. E por fim, cabe ao indivíduo agir assim como a visão cartesiana, ser livre na medida que saber avaliar racionalmente todas as alternativas antes da decisão a fim de evitar futuros dissabores.