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Enviada em: 03/11/2017

A livre manifestação de pensamento, segundo o filósofo Voltaire, é fator preponderante para um Estado democrático. Nesse sentido, impor limites sublimes sobre a linha tênue entre liberdade de expressão e o politicamente correto é um entrave à democracia, haja vista que isso cria uma censura velada nos meios de comunicação, e o cerceamento do direito evocado  na Constituição Federal de 1988. Em primeiro plano, cabe pontuar que, para Voltaire, o indivíduo tem uma necessidade de se comunicar com seus pares, externando suas ideias e valores morais acerca dos mais variados assuntos. Nesse contexto, impor um limite entre o que é certo ou errado, baseando-se em crenças ou ideologias, é censurar essa externação de pensamentos, visto que esse limite pode estar atrelado a interesses escusos e privados. Desse modo, é imprescindível que mecanismos sejam adotados contra isso. Ademais, cabe frisar que a Carta Magna do Brasil enfatiza que a liberdade de opinião é um direito de todos, e inalienável. Logo, o não atendimento a essa assertiva configura-se, não somente, um atentado à Constituição Federal brasileira, mas também constitui um entrave ao Estado democrático. Outrossim, de acordo com o jornal O Globo, o discurso do politicamente correto é uma maneira de reprimir manifestações que criticam determinados assuntos ou abordam temas controversos. Destarte, pode-se inferir que, em uma sociedade democrática, é crucial o amplo debate sobre o que pode ser tido como liberdade de pensamento, e o que foge a esse padrão. Sendo assim, o Governo Federal precisa intervir nesse assunto por meio de veiculação de propagandas, nas várias mídias (TV, rádio, jornais, internet), que atentem diferenciar uma coisa da outra, a fim de corroborar a elucidação, e esclarecer para a sociedade sobre o que é liberdade de expressão e o que é uma extrapolação a esse direito.