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Enviada em: 03/02/2018

O documentário “O riso dos outros” mostra a realidade da problemática envolvendo a liberdade de expressão e o politicamente correto no cenário humorístico. Fora dos palcos de Stand Up, nos deparamos com essa discussão em várias outras esferas da sociedade, perpassando a internet e chegando as letras de músicas. Assim, é valido a interrogação: Existem, de fato, limites para a liberdade de expressão?   Primeiramente, é importante olharmos as causas desse problema. Vivemos em uma sociedade que se encontra imersa no anonimato, e os avanços relativos a internet deram mais espaço para essa forma de expressão. Além disso, redes sociais que alimentam as discussões anônimas acabam por dar as pessoas a sensação que podem publicar tudo que vier a cabeça, sem preocupações acerca do próximo. Exemplo disso é o caso que ocorreu com a filha do Bruno Gagliasso, que foi alvo de comentários racistas. O problema, todavia, não se encontra apenas online.  Vale citar, a repercussão sobre a polêmica do funk “Surubinha de leve”, do cantor MC Diguinho. Inicialmente é importante ressaltar que toda arte é uma forma de política, já que influencia na organização da sociedade, como é comprovado pelo conceito de fato social, apresentado pelo sociólogo Émile Durkheim. Por isso, cantar uma musica que remete ao estupro de vulnerável, além de pregar o assédio e a misoginia, é uma incitação ao crime. Portanto, em uma sociedade que falta com o respeito, a liberdade de expressão se tornou um perigo.   Diante do que foi exposto, é notório observar que medidas visando, não proibir – o que caracteriza censura – mas educar, são necessárias. Immanuel Kant disse que o homem é aquilo que a educação faz dele, por isso, cabe as escolas promoverem palestras e debates sobre a conscientização do manifestação de ideias. Outrossim, o Ministério de Comunicação juntamente com os veículos midiáticos deve abordar esse tema, por meio de programas de televisão, novelas ou ate mesmo propagandas. Assim, poderemos dar um fim a essa adversidade.