Enviada em: 11/02/2018

É evidente que a liberdade de expressão é confrontada pelo politicamente correto a anos na sociedade em que vivemos. Tal cenário cria um ambiente de contradição entre o direito estabelecido pela Constituição de 1988 e as opiniões preestabelecidas impostas pela sociedade. Esse fato é incoerente diante de um Estado democrático.               A Constituição garante a todos cidadãos o direito, sem censura, de se expressar. Diante disso, a manifestação artística, por exemplo, não tem a obrigação de agradar a todos, assim como qualquer outra forma de se manifestar. No entanto, convenhamos que nem todos devem concordar e ter um senso crítico vindo do próximo é aceitável e, até mesmo, construtivo. No entanto, conceituar o que não concorda é também o direito de se expressar, porém impor o que se acha correto é julgar sem respeitar a opinião alheia.              Todos os seres humanos são influenciados de alguma forma, seja  cultural, religiosa, política e social. Então, desde o nascimento a criança é moldada de acordo com os princípios dos seus responsáveis e é a partir da criação que elas aprendem o que é o politicamente correto. Mas, muitas vezes, não aprendem que o correto para um, pode não ser correto para o outro e isso dificulta a convivência harmoniosa em comunidade, gerando conflitos posteriormente, como agressões verbais, físicas e caluniosas.             A liberdade não significa fazer tudo que se deseja, existem limites necessários para que não extrapole e discrimine o direito do outro. Portanto, discriminar  através de exposições, por exemplo, as religiões e etnias existentes em um país politeísta e miscigeno geraria críticas  e reações negativas por tal ato.              Diante do exposto, vê-se a enorme dificuldade de se expressar em um país com tantas diversidades e como é difícil desconstruir o politicamente correto passado de geração em geração. Contudo, acima de qualquer ato, deve haver ética e respeito para que ao menos diminua os conflitos gerados por discórdias de pensamentos.