Materiais:
Enviada em: 22/03/2018

Em 1968 o Brasil sofria o apogeu de um um dos episódios mais tristes de sua história, o AI 5 (Ato Institucional número 5) foi o quinto decreto emitido pelo governo militar brasileiro, o qual vetava a liberdade de expressão  dos cidadãos. Em 1978 esse direito foi restabelecido, entretanto hoje o inimigo deixa de ser o Estado e se torna usuários da internet que decidem julgar e condenar, simplesmente pelo fato de que algo não lhe agrada ou supostamente desfavorece pessoas em sua opinião. Tais julgamentos feitos erroneamente se transformam muito facilmente  em um discurso de vitimização.    Em junho do ano de 2016 a Versace, gigantesca companhia no mundo da moda, publicou uma revista cuja a capa apresentava uma mãe branca caminhava com um pai negro e dois filhos igualmente negros. Então teve-se o seguinte comentário:“Por favor, retirem esse anúncio, é constrangedor. Ele é inteiro focado na mãe de pele clara. Tanto as crianças como o pai olham para ela impressionados. As minorias são pouco representadas na indústria e, quando em comerciais, elas são quase SEMPRE retratadas na sombra de uma modelo de pele clara”, disse uma usuária do Instagram. É notório a vitimização da internauta, que faz uma problematização de uma imagem, que na realidade não é o que a revista visava, justamente ao contrário.   As declarações são muitas vezes absurdas, como na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, estudantes de inglês enviaram uma petição ao departamento do curso. O pedido é categórico: querem a retirada do estudo dos “grandes poetas ingleses”. Devido ao fato de que eles são escritores brancos do sexo masculino, disse os alunos. Primeiramente a sexualidade dos do autores não devem significar nenhum tipo de diferença perante a qualidade dos seus textos, portanto para um melhor conhecimento intelectual dos alunos tais autores devem ser estudados. Separa-los por cor é uma ofensa, como se fossem incapazes de se destacar por próprio mérito necessitando de algo que possibilitasse a entrada deles na grade universitária.      Diante do exposto, é evidente a vitimização em ambos os casos, fazendo do politicamente correto uma via antônima a liberdade de expressão . Temos que trabalhar nesta censura  emposta por alguns grupos na internet. A primeira forma seria o método de conscientização, por meio das mídias sociais na mesmas que esse tipo de situação  vem acontecendo. Para proteger a liberdade de expressão como previsto na constituição, o Poder Legislativo deve criar e provar medidas que punam efetivamente todo e qualquer indivíduo, que de algum modo, possa ter  ferido esse direito. Dessa forma será possível alcançar um equilíbrio entre o 'real' politicamente correto e a liberdade de expressão.