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Enviada em: 26/03/2018

Liberdade como direito democrático       O termo politicamente correto configurou-se em uma ferramenta de censura à liberdade de expressão, o qual é um direito e dever garantido por lei na Constituição de 1988 no Brasil contemporâneo. Isso porque os falsos moralistas distorcem a percepção da realidade baseado na padronização de um vocabulário artificioso, além de ditar o que é certo ou errado, e moldar um discurso imposto como verdadeiro. Dessa forma, a doutrinação perpetua o medo de pensar, de discordar da ideologia vigente, o que limita a capacidade racional crítica da humanidade e seu direito de liberdade frente à cidadania em uma sociedade democrática.       De acordo com a Carta Magna, com base nos preceitos da Revolução Francesa de 1789, a liberdade de expressão é um direito ético e deve respeitar a dignidade dos cidadãos em sua totalidade. Tal princípio é efetivo ao promulgar a tolerância dos discursos à diversidade e refletir acerca da hipocrisia e vitimização disseminada pela ideologia do politicamente correto. Nesse contexto, como afirma o filósofo Voltaire, "Posso não concordar com nenhuma das palavras que disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las", a tolerância é antes de mais nada uma exigência ética.       Outrossim, a recomendação do politicamente correto tornou-se um dogma no Brasil, isso porque estabelece condutas de comportamentos e morais nas relações interpessoais, políticas e culturais; o que caracteriza um crime contra a diversidade e senso crítico dos povos. Analogamente, como defendido por Thomas Jefferson "Nossa liberdade depende da liberdade de imprensa, e ela não pode ser limitada sem ser perdida", o que se torna válido para a livre manifestação da atividade intelectual, científica e de comunicação independente de censura para a comunidade civil. Diante disso, os únicos limites desse direito referem-se à vedação do anonimato, direito de resposta e a ações indenizatórias e sobretudo à honra e privacidade.        Portanto, é imprescindível a efetivação da liberdade de expressão elencado aos direitos humanos e não à censura como forma de doutrinação. Isto é, o cidadão deve-se ater aos limites da ética e do direito de terceiros ao respeitar opiniões diferentes à sua, e assim não confundir liberdade com imoralidade, palavras de baixo calão ou discursos de ódio e preconceituosos. Isso ministrado por instituições sociais responsáveis por pré-determinar valores, como escolas, famílias e meios de comunicação, através de iniciativas de divulgação e análise das leis sobre liberdade no Brasil. Além disso, organizações não governamentais devem promover o amplo debate sobre a pluralidade de pensamento na sociedade para desenvolver a cultura do respeito e os limites da tolerância.