Materiais:
Enviada em: 02/04/2018

O “politicamente correto” busca evitar o uso de termos que possam ofender determinadas camadas ou grupos sociais. No Brasil hodierno, os discursos politicamente incorretos são bastante comuns no humor, desconsiderando princípios clássicos da moral, ética e dos bons costumes. Nesse sentido, devem-se analisar as causas e as consequências do politicamente correto.         A priori, o trecho da marchinha carnavalesca brasileira “olha a cabeleira do Zezé, será se ele é, será se ele é”, que traz consigo o estereotipo de um cabelo que é atribuído a um homossexual, é o que acontece constantemente na sociedade contemporânea. As pessoas rotulam o comportamento dos outros, como na marchinha em que a cabeleira do Zezé foge dos padrões de um heterossexual. Com isso, o politicamente correto se faz necessário para evitar estereótipos e referências discriminatórias, com o intuito de neutralizar discursos homofóbicos, racistas ou sexistas.         Outrossim, por vezes as opiniões podem gerar interpretações diferentes que podem ofender determinado grupo ou pessoa.Isso foi o que ocorreu com a atriz brasileira Paolla Oliveira, que ,ao postar foto fantasiada de índia, acendeu o debate entre os interlocutores de que o índio não é uma fantasia, e que a atriz deveria respeitar a cultura indígena.Nesse ínterim, o politicamente correto influencia nas más interpretações , como ocorreu com a atriz , que segundo ela , a fantasia não teve a intenção de ofender ninguém; com isso a diversidade de acepções fazem com que muitas pessoas passem a ter medo de se expressar , pois o receptor poderá associar de outra forma.           Por conseguinte, é premente que haja a resolução das consequências negativas causadas pelo uso do politicamente correto. Cabe ao Estado, por meio da mídia, promover campanhas publicitárias em outdoors e televisões ,que preguem o respeito às diferenças sociais e culturais;com o intuito de atenuar as intolerâncias por conta das diferenças. Faz-se preciso, também, que o Ministério da Educação faça palestras em instituições de ensino, alertando sobre o uso da liberdade de expressão ponderada, ou seja, que a população exprima sua opinião desde que não vitupere o próximo.