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Enviada em: 27/07/2018

"Vaidade é definitivamente o meu pecado favorito". A frase é de John Milton, o diabo no clássico "Advogado do Diabo", um filme famoso por explorar profundamente a vaidade nas pessoas e o prazer que têm com a aprovação do outro. Não longe da dramaturgia e ultrapassando os limites de uma condição atrelada ao racional humano, a vida real é repleta de pessoas que arriscam sua saúde mental e física em prol de uma estética socialmente aceitável.     Em contexto histórico, para Marx, devemos procurar na infraestrutura dos meios de produção as explicações para os efeitos da superestrutura em questão. Dessa maneira quem detém o poder capital determina o que é belo. Sendo assim, os padrões estão intimamente ligados aos mecanismos midiáticos que vendem felicidade através da propagação de um ideal de beleza que gera exclusão da diversidade social e incentiva o público à procura de métodos que colocam em perigo sua saúde.     Ademais, é importante salientar que, se antes o visual "perfeito" era uma preocupação particularmente feminina com seus espartilhos que machucavam seus órgãos, hoje é uma questão tanto para homem quanto para a mulher,  impactando todas as idades; situação que torna a problemática mais sensível e dificulta a resolução do impasse. Não obstante, é cabível reforçar a direção desse cenário como sendo essencialmente de saúde pública, visto que é ampla a lista de consequências, desde bulimia e depressão à procedimentos cirúrgicos.         Portanto, pelo o que foi discutido,  é inegável que a questão ultrapassa os limites da  vaidade. De tal maneira, é conveniente que o Ministério da saúde dobre a atenção para casos mais graves, e juntamente com o Ministério de Segurança Pública investiguem e fechem clínicas de estética irregulares. Além do mais, a saúde mental é necessária para o bem estar da população. Logo, ainda que grandes influenciadores, como a do canal no youtube "Preta Pariu", quebrem concepções excludentes, é importante que o MEC em parceria  com ONGs, promova atividades extracurriculares nas escolas, afim de ouvir os jovens e mostra-los a diversidade cultural existente. Dessa maneira os cidadãos vão, aos poucos, conquistando um equilíbrio mental na aceitação do seu corpo.