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Enviada em: 24/10/2018

A valorização estética remonta desde a Idade Antiga, quando Platão, em suas teses, elaborou uma teoria de que um corpo belo é simétrico em relação às suas linhas. Nesse sentido, observa-se que essa valorização da imagem ainda é frequente na contemporaneidade, muitas vezes, de forma exagerada e imprudente, já que leva muitas pessoas a colocarem suas vidas em risco apenas para mudarem o corpo. Dessa forma, analisa-se que a vaidade em excesso produz atos irracionais e é fruto dos padrões impostos pela sociedade.       Mormente, é preciso avaliar o caso "Dr. Bumbum", em que mulheres morreram ao fazerem procedimentos estéticos invasivos, de forma inadequada, movidas apenas pelo desejo de melhorarem a imagem a um preço abaixo do mercado. Diante disso, fica claro que a vaidade associada à falta de criticidade leva o ser humano a cometer atos extremamente prejudiciais à saúde física, com consequências graves e, por vezes, irreparáveis. Logo, é imprescindível que essas pessoas tenham mais educação quanto aos riscos e que esses falsos médicos sejam devidamente investigados e condenados.          Outrossim, é importante destacar a raiz desse problema, uma vez que a necessidade de modificar a aparência vem do desejo de se encaixar nos padrões sociais. Assim, de acordo com o sociólogo Durkheim, a sociedade é coercitiva, ou seja, impõe os modos de vida que um indivíduo deve ter, incluindo a imagem pessoal, ao passo que ela também discrimina aqueles que não seguem tal norma. Dessa maneira, fica evidente que a vaidade está intimamente ligada ao desejo de ser aceito e incluído nesse meio. Portanto, é viável que esses padrões sejam superados.             Destarte, está exposto que a falta de razão junto à imposição social cooperam para a vaidade excessiva e isso deve ser combatido. A princípio, é preciso que o Ministério Público, junto à Polícia Civil, investigue os profissionais acusados de violar a ética médica e condene-os, para que os procedimentos estéticos sejam feitos de forma correta, pois assim, os riscos serão minimizados e controlados, o que se dará por meio de operações sigilosas. Ademais, é urgente que psicólogos e consultores de imagem sejam convidados, pelas empresas públicas e privadas, a darem palestras quanto aos riscos de uma cirurgia plástica desnecessária e quanto à inviabilidade de praticar tais atos apenas para ter aceitação social, para que o público adquira conhecimento e senso crítico, visto que apenas assim eles poderão evitar os excessos.