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Enviada em: 22/10/2018

A Revolução Francesa trouxe ao mundo o ideário de fraternidade, igualdade e liberdade, entretanto, esse último conceito está fazendo com que muitos brasileiros, por terem autonomia sobre seu próprio corpo, degradem a sua saúde em prol da estética, acabando, assim, com os limites  existentes entre as duas. Decerto, a busca pela aparência perfeita é impulsionada, na sua grande maioria, pelo padrão de beleza imposto pela sociedade atual, o qual gera graves consequências e, por isso, medidas devem ser adotadas para acabar com o problema em questão.      Em primeiro plano, de acordo com Durkhein, a forma de agir das pessoas generalizam-se e se repetem por todo um grupo, sendo criticado, excluído e considerado anômalo o indivíduo que fugir do padrão preestabelecido.Nesse sentido, a busca pelo corpo perfeito, estereotipado pela sociedade (que tem a mídia como grande influenciadora, na medida em que ela dissemina corpos magros e esbeltos),é reflexo da necessidade do ser humano de se sentir incluído e fora da anomia.Porém, ao tentarem se enquadrar nesses padrões estéticos, várias pessoas degradam a sua saúde.      Ademais, seguindo essa sequência, são imensuráveis os efeitos predatórios advindos do anseio costumeiro pela beleza padronizada, haja vista que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), conhece-se muitas doenças causadas pela insatisfação corporal, a exemplo da bulimia, da anorexia, da depressão e da compulsão alimentar. Dessa forma, é fundamental que haja mudanças de costumes,conforme propôs Rousseau (ao tentar solucionar os males da humanidade), a fim de que  existam limites entre a saúde e a estética  para que o bem-estar não seja afetado pela busca do corpo padronizado.       Por consequência, é dever dos meios de comunicação, por meio de propagandas, novelas, minisséries e seriados, divulgar os vários tipos fenotípicos existentes em uma sociedade, com o intuito de acabar com os padrões de beleza preestabelecidos e a anomia exposta por Durkhein, dessa maneira, o indivíduo não afetará a sua saúde com o propósito de se enquadrar em determinado grupo. Nesse sentido, o Estado, por intermédio de palestras e debates, tem como obrigação apresentar as inúmeras doenças oriundas da insatisfação corporal, a exemplo das ditas pela OMS, a fim de que a população tenha consciência dos danos causados pelo padrão estético estereotipado, não propagando e nem deixando influenciar-se por ele. A soma de tais medidas é essencial para alcançar a mudança de costume proposta por Rousseau, manter o legado de liberdade da Revolução Francesa de forma consciente, além de evitar que a estética ultrapasse os limites da saúde.