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Enviada em: 28/09/2018

É inegável que os padrões de beleza sempre estiveram presentes na humanidade. Na Idade Média, por exemplo, os hábitos de higiene e saúde foram abandonados, pois o cuidado pessoal e a preocupação estética eram considerados pecaminosos. Na contemporaneidade, no entanto, observa-se que o cuidado com a aparência tem ultrapassado o zelo corporal e da saúde. Assim, nota-se que a mídia tem papel fundamental na influência da procura por arquétipos, além da sociedade que contribui na perpetuação dos mesmos, sem dar valor às consequências que são geradas.       Em primeiro lugar, é válido ressaltar que a influência midiática acontece de maneira quase indireta. Frequentemente são lançados novos produtos de beleza, remédios e cirurgias com fins puramente estéticos. Assim, ao mostrar para o consumidor por meio de propagandas, novelas, séries, imagens de pessoas bem sucedidas e felizes com o uso de determinados produtos ou após a realização de certos procedimentos, a ideia de que só aquilo faz a beleza é cada vez mais enraizada. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica de São Paulo (SBCP-SP), apenas no estado paulista, 50 mil cirurgias plásticas são realizadas, o que prova que a insatisfação corporal, dada pela imposição de um modelo, é grande.       Por outro lado, a sociedade também atua na perpetuação e incorporação desses protótipos, sem importar-se com os frutos disso. Constantemente pessoas são excluídas e sofrem com o preconceito, como a ''gordofobia'', por não se encaixarem nesses parâmetros. Ademais, nota-se como resultado da imposição de uma “ditadura da beleza” doenças como anorexia, bulimia e distúrbios alimentares, que afetam homens e mulheres diariamente. De acordo com pesquisas do Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos, aproximadamente 70 milhões de pessoas sofrem algum tipo de transtorno alimentar, o que mostra que o indicie de indivíduos que passam por esses problemas é grande.      Logo, entende-se que é fundamental que medidas sejam tomadas. Com o intuito de conscientizar a população para diminuir a influência midiática na questão, é necessário que aconteçam movimentações como campanha e programas interativos, para dialogar com a população sobre a importância do cuidado pessoal, que pode ser realizado por ONGs. Além disso, com o objetivo de dar apoio às pessoas que sofrem de transtornos, programas de apoio terapêutico devem ser criados, por meio de hospitais e clínicas, pelo Governo Federal em conjunto com o Ministério da Saúde. Dessa forma, espera-se que o número de pessoas que sofrem com padrões sociais diminua.